quarta-feira, 29 de abril de 2015

Mulher Foi Abandonada pela Família desde 1979 no Hospital de Base


Mulher, que é consciente e não precisa da ajuda de aparelhos para se manter, vive em um quarto e passa a maior parte do tempo ouvindo rádio.
Mulher, que é consciente e não precisa da ajuda de aparelhos para se manter, vive em um quarto e passa a maior parte do tempo ouvindo rádio.
Reprodução/TV Record Brasília
A paciente Karen Margareth de Oliveira, de 54 anos anos, mora há 33 anos no Hospital de Base de Brasília. Ela foi abandonada pela família, que passou sua tutela para o Estado. A última visita que ela recebeu foi registrada no ano de 2008. A mulher, que é consciente e não precisa da ajuda de aparelhos para se manter, vive em um quarto, no quinto andar do prédio e passa a maior parte do tempo ouvindo rádio.

Karen chegou ao hospital após um parto cesariano, feito em 1979. Ela teve complicações na cirurgia e foi internada. Ela permanece na unidade ininterruptamente há 33 anos. A mulher teve uma parada cardíaca, passou por mais operações, perdeu o movimento dos braços e das pernas e ficou com a musculatura atrofiada. Na época, a família pediu na Justiça que o Estado ficasse responsável pelos cuidados com a mulher. O pedido foi aceito judicialmente.

Em casos de pessoas sem perspectivas de cuidar de si próprias durante toda a vida, a Justiça determina que deve haver um curador, que passa a ser um responsável legal, como explica Fábio de Sá, da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

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A TV Record Brasília recebeu imagens da mulher que vive no hospital há três décadas. Por telefone, a reportagem procurou o responsável legal, que disse que não poderia atender.

Segundo o integrante da comissão da OAB, caso o curador de Karen não seja localizado, ele pode ser condenado por abandono de incapaz.

A Secretaria de Saúde do DF informa que não pode dar detalhes sobre o caso por questões judiciais e confirmou que Karen está no hospital desde 1979.


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