quarta-feira, 22 de março de 2017

T J D F T Aceita Denúncia Contra Cincos Distritais

Os desembargadores do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) aceitaram, nesta terça-feira (21/3) denúncia de corrupção passiva contra os cinco distritais investigados pela Operação Drácon. Com isso, Celina Leão, Raimundo Ribeiro, ambos do PPS, Julio Cesar (PRB), Bispo Renato Andrade (PR) e Cristiano Araújo (PSD) viram réus e passam a responder criminalmente no processo que tramita no Judiciário, mas não serão afastados da Câmara Legislativa.

A sessão do Conselho começou por volta das 13h45. Manifestantes pró e contra os deputados se posicionaram do lado de fora do TJDFT. Depois da exposição da promotoria e dos advogados dos réus, o relator do processo, o desembargador José Divino de Oliveira, leu o seu voto. Durante sua exposição, o magistrado aceitou a denúncia de corrupção passiva feita pelos promotores contra os cinco distritais.

José Divino foi seguido por 16 desembargadores, que acataram a denúncia do MP contra Celina, Julio Cesar, Bispo Renato e Cristiano Araújo. Já outros cinco votaram a favor de Raimundo Ribeiro, mas, mesmo assim, por maioria (12 votos), ele virou réu.

Após os desembargadores acatarem a denúncia do MP, José Divino deu seu voto em relação ao pedido do MP para o afastamento dos deputados da Câmara Legislativa. O relator defendeu que apenas quatro, dos cinco denunciados, fiquem afastados dos seus mandatos por um prazo de 180 dias ou até o fim da instrução criminal. Mas outros 16 se manifestaram para que eles continuem na Câmara.

O desembargador Humberto Adjuto Ulhôa justificou o seu voto pelo não afastamento dos distritais da Casa da seguinte forma: “Se formos adotar esse entendimento, seria pérsico esvaziar o Congresso Nacional.” A sessão no Conselho Especial do TJDFT terminou por volta das 21h30.

Dos cinco denunciados pelos promotores em novembro do ano passado, apenas Celina e Raimundo acompanharam a análise da denúncia do MP. A sessão terminou por volta das 21h30. O MP não quis se manifestar. Ribeiro também saiu do pleno e disse que “não comenta decisões judiciais”.

Proibidos de entrar

Durante a sessão do Conselho Especial, a vice-procuradora-geral de Justiça, Selma Sauerbronn, representou a promotoria e pediu que os cinco distritais investigados sejam não só afastados como proibidos de frequentar a Câmara Legislativa. “Existem vários elementos que apontam tentativas de se queimar provas”, afirmou, após recomentar ao conselho que acolha a denúncia.

 Provas

Selma destacou a robustez das provas colhidas pelos promotores do Grupo Especial de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco), que acompanham a sessão, bem como os distritais Celina Leão e Raimundo Ribeiro.
Prova disso, alegou a vice-presidente do MPDFT, é que o Instituto de Criminalística não encontrou ilegalidades nas transcrições que constam no processo como provas da culpa dos cinco distritais.

Antes dela, José Divino de Oliveira defendeu que o processo continuasse desmembrado, indo contra solicitação da defesa de Celina Leão e do Cristiano Araújo. Nove desembargadores votaram com o relator. Assim, o processo dos investigados que não têm foro privilegiado será apreciado na Justiça de primeira instância. São três: Ricardo dos Santos, ex-diretor do Fundo de Saúde do DF; Alexandre Cerqueira, ex-secretário da Mesa Diretora da CLDF; e Valério Neves, ex-secretário-geral da Mesa Diretora.

Apoiadores dos investigados e pessoas que pedem o imediato afastamento dos distritais protestam em frente ao TJDFT.

Metropoles.com

quinta-feira, 2 de março de 2017

Desaparecida desde de domingo Jovem é encontrada degolada na BR 060

Talita
 Moreira de Souza, 18 anos, era técnica de enfermagem
 Uma jovem de 18 anos foi encontrada morta na tarde do último domingo (26/2), após ter sido dada como desaparecida pela família. O corpo, que só foi identificado um dia depois, é da técnica de enfermagem Talita Moreira de Souza. Segundo o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a moça estaria desaparecida desde as 6h de domingo.

O corpo de Talita foi encontrado em um matagal próximo à estrada que dá acesso ao acampamento Chico Mendes, em Samambaia. Ainda de acordo com a ocorrência, não havia documentos próximo à vitima, apenas uma nota de R$ 10 no bolso da calça que usava. Ela estava com um saco na cabeça e foi assassinada com um corte na garganta.

A morte da jovem causou comoção nas redes sociais. Na página pessoal de Talita no Facebook, amigos e parentes prestaram solidariedade e postaram mensagens de indignação. "Moça linda, que teve seus sonhos interrompidos de uma forma tão cruel, que Deus conforte o coração de toda família e que quem fez isso pague”, lamentou um deles. 


O caso é investigado na 32ª Delegacia da Polícia (Samambaia Sul). Segundo a PCDF, o ex-namorado de Talita é o principal suspeito, mas a corporação acredita que outras pessoas possam estar envolvidas no crime. Os dois mantiveram um relacionamento por dois anos e o homem, segundo informações dadas pela mãe em depoimento à polícia, não aceitava o fim do relacionamento e era tido como uma pessoa ciumenta.

Talita teria saído de casa por volta das 6h de domingo em direção ao trabalho. Ela atuava como profissional de saúde em um hospital particular no fim da Asa Norte. Preocupada porque a filha não voltou para casa após o plantão, das 7h às 19h do domingo, a mãe registrou ocorrência do desaparecimento no mesmo dia à noite. Nesse momento, a mulher não sabia que o corpo localizado era o da filha, porque a jovem estava sem documentos.

Segundo consta no registro da Polícia Civil, a chefe de Talita contou à mãe que a jovem sequer chegou à unidade de saúde no dia do desaparecimento. A ocorrência do desaparecimento foi registrada, então, na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas). Mais tarde, a vítima foi reconhecida por familiares no Instituto de Medicina Legal (IML).

O delegado-chefe da 32ª DP, Júlio César de Oliveira Silva, responsável pelo caso, explicou que policiais conduziram o ex-namorado da vítima para prestar depoimento ainda no domingo. Segundo o investigador, ele negou participação no crime. “Estamos na fase de colher elementos para fundamentar os trabalhos. Em razão das ameaças que ele fazia à vítima, há indícios de que ele possa ter participação no crime, mas dificilmente uma pessoa participou desse ato sozinha”, ressaltou. Segundo ele, as características do crime levam a crer que o ato tenha sido cometido em outro local e que o corpo tenha sido levado às margens da BR-060 posteriormente.