sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Em Samambaia Bandidos Fazem Família Refém e Almoçam na casa das vitima

Uma família moradora de Samambaia foi feita refém em casa enquanto assaltantes, além de roubar seus pertences, almoçavam frango assado e bebiam cerveja. O crime aconteceu na última quinta-feira, por volta das 13h. Um dos bandidos acabou preso.

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Inicialmente, a dupla de bandidos abordou os donos da casa. O casal descarregava as compras de supermercado do carro quando os suspeitos chegaram e o ameaçaram com um revólver calibre .38. As vítimas foram então trancadas dentro de um quarto.

Os assaltantes passaram a agir com frieza, sem pressa para fugir. Tanto que encontraram tempo para almoçar e beber cerveja. Nesse momento, um filho das vítimas chegou ao local com a namorada e ambos também foram rendidos.

"Eles comemoram o crime ainda dentro da casa. Consumiram cervejas, comeram um frango assado e levaram tudo que podiam. Só deixaram as roupas", contou o delegado da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), Renato Damasco.
A crime durou cerca de duas horas, e os bandidos saíram com tranquilidade da casa, no carro da família, um Volkswagen Crossfox. Porém, no mesmo dia, a polícia conseguiu encontrar o veículo e prender um dos suspeitos. O homem, de 26 anos, estava conduzindo o carro na Quadra 800 do Recanto das Emas. 

"Bandido perigoso"

Ele afirmou aos policiais militares que o abordaram que havia comprado o carro por R$ 1 mil e não esboçou reação. "A ocorrência chegou como receptação. Ele deu essa versão inicial, de que havia comprado o carro, mas na delegacia fizemos o levantamento e percebemos que ele era o provável autor do roubo. Então, conseguimos localizar as vítimas e elas o reconheceram como o homem que estava armado", disse o delegado.

O suspeito foi preso em flagrante pelos crimes de roubo majorado pelo concurso de pessoas, restrição de liberdade da vítima e emprego de arma de fogo. Segundo Renato Damasco, o autor já era conhecido da polícia. "Ele cumpriu pena por tentativa de latrocínio e foi preso também em flagrante no mês passado por receptação e porte ilegal de arma de fogo. É um cara muito frio, um bandido perigoso." O outro suspeito está foragido e a polícia continua a investigação.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Morre Ex-governador Joaquim Domingos Roriz aos 82 anos

O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz morreu nesta quinta-feira (27/9), em Brasília, aos 82 anos. O político passou os últimos momentos de vida ao lado das filhas e da esposa, Weslian Roriz. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Brasília desde 24 de agosto. Na quarta-feira, seu estado de saúde se tornou crítico devido a uma infecção pulmonar.
“Estamos devastados, mas tenho certeza de que não é só nossa família que sente essa perda. É Brasília toda. Ele foi uma pessoa muito boa para Brasília, que merece todo o carinho do mundo e está descansando agora”, afirmou o neto do ex-governador Joaquim Roriz Neto.
Em nota, o governador Rodrigo Rollemberg informou que decretou luto oficial de três dias no DF e afirmou que a morte de Roriz “abala a todos brasilienses que o acolheram e que receberam dele em troca muito trabalho e realizações de toda a ordem”. “À Dona Weslian, suas filhas Liliane, Jaqueline e Wesliane, aos netos e aos milhões de brasilienses que sempre tiveram muito apreço e respeito ao ex governador meus pêsames, minhas orações e as de Marcia, para que consigam superar esse momento difícil”, afirmou.
O quadro clínico do ex-governador Roriz vinha se agravando dia após dia, desde meados de 2013. Há um ano, em 26 de agosto do ano passado, o político goiano foi submetido à amputação da perna direita, abaixo do joelho, e de dedos do pé esquerdo. Quatro dias depois, voltou a ser hospitalizado no Hospital do Coração do Brasil, na Asa Sul. Apesar de ser um procedimento agressivo, o ex-governador nem sequer percebeu que havia perdido parte do corpo, segundo Dona Weslian.

A decisão pela amputação foi tomada pela equipe médica que cuida de Roriz, para evitar necrose dos membros com o comprometimento da circulação dele, que tem diabetes. Em junho do mesmo ano, o ex-governador passou por um procedimento para melhorar a circulação e a saúde dele chegou a melhorar com a implantação de um stent, para desobstruir as artérias.
Em 1º de fevereiro último, o Correio publicou a reportagem que caiu como uma bomba no cenário político local. Um laudo do Instituto de Medicina Legal, da Polícia Civil do DF, ao qual a coluna Eixo Capital teve acesso com exclusividade, apontou que Roriz havia sido diagnosticado com “síndrome demencial, de etiologia mista, Alzheimer e vascular (CID10 F00.2 e F01.09), em estágio grave, com intensa repercussão sobre sua autonomia”. O exame consta de processo criminal em curso na 2ª Vara Criminal de Brasília. Trata-se de um incidente de sanidade mental, realizado para avaliar se o ex-governador tem compreensão da denúncia de corrupção que pesa contra ele. A resposta foi: não.
Doente renal crônico há mais de uma década, Roriz tinha de se submeter a sessões diárias de hemodiálise para filtrar o sangue. Entrou na fila por um transplante de rim em 2013, mas não pôde ser submetido ao procedimento porque não tinha condições físicas para resistir à operação. Em 2015, ele passou mal em casa. Os médicos diagnosticaram uma isquemia cardíaca, o que levou à necessidade de um cateterismo no Hospital do Coração, onde ele ficou internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Além disso, cinco anos atrás ele fez uma cirurgia para implante de três pontes de safena.

Trajetória

Joaquim Domingos Roriz nasceu em Luziânia (GO), distante 66km da capital federal. Foi governador do Distrito Federal por três mandatos. Ao todo, ficou 14 anos à frente do Palácio do Buriti. Em 1986, venceu a eleição para o cargo de vice-governador de Goiás. Seu primeiro mandato para comandar o DF veio pelas mãos do ex-presidente da República José Sarney em 1988 — à época, a capital não elegia seus gestores, o que ocorreu com a promulgação da Constituição Federal em outubro do mesmo ano.
Roriz integrou o ministério do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1990. O goiano foi ministro da Agricultura e Reforma Agrária por 14 dias. Renunciou ao cargo para concorrer ao Palácio do Buriti. Ganhou a eleição e chefiou o Executivo local entre 1991 e 1995. Ficou conhecido pela política habitacional de distribuição de lotes em áreas públicas, criando cidades como Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, entre outras.
O terceiro mandato de Roriz começou em 1999 e durou até março de 2006, quando renunciou em favor de sua vice, Maria de Lourdes Abadia, para lançar-se candidato ao Senado. Sua sucessora disputou a reeleição para permanecer no cargo até 2010, mas foi derrotada no primeiro turno por José Roberto Arruda. Roriz renunciou ao cargo em julho do mesmo ano, quando foi descoberto um esquema de propina envolvendo o banco BR, escapando do processo de cassação do mandato que poderia deixar 8 anos inelegível.
Antes de iniciar a vida política em Brasília, Roriz também foi eleito deputado estadual (1978), deputado federal (1982) e vice-governador do estado de Goiás (1986). Além disso, foi prefeito de Goiânia, como interventor, entre 1987 e 1988. O político deixa a mulher Weslian Roriz e três filhas, Wesliane, Liliane e Jaqueline Roriz. Esposa e filhas também fazem parte do cenário político do DF.

Aclamado e odiado

Roriz começou a vida política no Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás, mas a admiração pela sigla, onde só havia pessoas “com ódio no coração”, segundo ele,  virou passado renegado. Aclamado pelo eleitorado, principalmente o das regiões mais carentes do DF, Roriz fazia discursos carregados de emoção, choro e apelos de forma humilde. Abraços, beijos e cochichos ao pé do ouvido de eleitores eram o estilo do ex-governador no corpo-a-corpo nas ruas.

Acumulou vitórias em mais de 30 anos de carreira política, com tropeços no português e o visível desconforto em cerimônias oficiais com autoridades. O governo dele no DF foi marcado pela remoção de favelas para assentamentos, conquistando seu eleitorado com a doação de lotes. As políticas direcionadas ao eleitor carente fazia com que a popularidade o colocassem sempre na liderança de pesquisas de intenção de voto.
No meio político, ele também ficou marcado pelo destempero e pelo envolvimento em muitas polêmicas. Foi alvo de inquéritos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Precisou se defender de denúncias de racismo, improbidade administrativa, falsidade ideológica e crimes contra a fé pública. Em 1994, diante dos eleitores, xingou a tucana Maria de Lourdes Abadia enquanto fazia campanha para o aliado Valmir Campelo. A ofensa fez com que o PSDB migrasse o apoio para o PT, no segundo turno, em 1994, ajudando Cristovam Buarque (PT) a se eleger governador.
Ao assumir o terceiro mandato como governador do DF, em 1999, Roriz e equipe dele foram alvo de escândalos, com denúncias como as de desvios de verba do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), compra de merenda superfaturada e acordos de campanha com o bicheiro Manoel Dorso.

Relembre a trajetória da vida política de Joaquim Roriz

1962 a 1965: foi vereador de Luziânia, cidade no Entorno do DF
1979 a 1982: exerceu o cargo de deputado estadual de Goiás
1983 a 1986: exerceu o cargo de deputado federal por Goiás
1987: eleito prefeito interventor de Goiânia (GO)
1987 a 1988: foi vice-governador de Goiás
15/3/1990 a 30/3/1990: exerceu cargo de ministro da Agricultura
1988 a 1990: foi governador indicado por José Sarney
1991 a 1994: segundo mandato de governador do DF
1999 a 2002: terceiro mandato de governador do DF
2003 a 2006: quarto mandato de governador do DF
2007: foi eleito senador
2010: candidatou-se ao governo do DF, mas desistiu da candidatura e lançou a mulher Weslian Roriz
2015: recebe o título de Cidadão Honorário de Brasília



1986 - Roriz, então vice-governador do Goiás. Foto: Arquivo/CB/DA Press

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Os Cinco Milionários para Câmara Federal do DF

Dos 191 candidatos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a disputa pela Câmara dos Deputados pelo DF, cinco declararam arrecadação superior a R$ 1 milhão. Mulher do ex-governador José Roberto Arruda (PR), Flávia Arruda (PR) lidera a lista dos mais ricos, com R$ 2,4 milhões recebidos por meio de doações. O valor acumulado pela ex-primeira-dama é maior do que o embolsado por oito dos 10 concorrentes ao Palácio do Buriti — a empresária perde apenas para Rodrigo Rollemberg (PSB) e Alberto Fraga (DEM), cabeça de chapa da qual ela faz parte, formada por DEM, PR, PSDB e DC.

O limite legal de gastos na campanha pela Câmara dos Deputados é de R$ 2,5 milhões. Assim, Flávia está próxima ao teto. Todo o montante arrecadado, de acordo com o portal da Justiça Eleitoral, provém dos cofres do PR. A empresária é a principal aposta da legenda na disputa. Em 2014, ela chegou a concorrer à Vice-Governadoria na chapa de Jofran Frejat (PR). À época, o marido da ex-primeira-dama deixou a disputa às vésperas da eleição, mas reorganizou o grupo, colocando o médico na corrida pelo Buriti e a mulher como número dois da chapa.
Correligionário de Flávia, Laerte Bessa, que tenta a reeleição, recebeu, no total, R$ 2.002.300 — do montante, R$ 2 milhões foram doados pela legenda. Policial aposentado, ele conquistou 32.843 votos em 2014 e ficou com uma vaga no Legislativo federal, puxado pelo quociente da chapa, que contava com Alberto Fraga, deputado federal do DF mais votado naquele ano.
Na terceira colocação, aparece a distrital Celina Leão (PP), com R$ 1,854 milhão em arrecadação para a campanha. Prioridade do partido na disputa pela cadeira, a parlamentar recebeu R$ 1,8 milhão da direção nacional da sigla, o que representa 97% do total. À época da filiação e da negociação de coligações, Celina ganhou do presidente nacional da agremiação, Ciro Nogueira, a garantia de que não seria sacrificada para viabilizar acordos. O compromisso foi fator decisivo na escolha do PP por apoiar Ibaneis Rocha (MDB) e, não, Fraga ou Eliana Pedrosa (Pros) na disputa pelo Executivo local. Correligionário da deputada, Olair Francisco acumula R$ 614 mil, sendo R$ 600 mil de origem partidária.
Mulher de Luis Felipe Belmonte, um dos principais financiadores de campanha neste pleito, Paula Belmonte (PPS) investiu na própria candidatura R$ 1,451 milhão. Não constam, nos registros do TSE, recebimentos dos cofres da sigla. Paula e o marido estão em lados diferentes na eleição. Primeiro suplente do candidato ao Senado Izalci Lucas (PSDB), ele integra a chapa de Fraga. A empresária concorre na coligação de Rogério Rosso (PSD).
O ex-vice-governador e presidente licenciado do MDB, Tadeu Filippelli, ocupa a quinta posição, com R$ 1,055 milhão. Do total, R$ 1 milhão provém da direção nacional da legenda e outros R$ 53 mil do diretório regional. O emedebista concorre na mesma chapa de Celina Leão. Nas contas da coligação, os dois seriam eleitos. Integrante da coalizão que tem Ibaneis como candidato ao Buriti, Filippelli é o responsável pela articulação que levou o advogado à legenda.
 
 

Abaixo de R$ 1 mi

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Na chapa de Rosso, destaca-se o distrital Julio Cesar (PRB), pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. O parlamentar conta com R$ 516.343,47. Do montante, R$ 465 mil vem da legenda. Outros R$ 30 mil foram doados pelo aspirante ao Senado Fernando Marques (SD), o mais rico entre os candidatos do DF, conforme declaração de bens ao TSE. O PSD também desembolsou verba para o pastor: R$ 20,7 mil.
Neto do ex-governador Joaquim Roriz (sem partido), Joaquim Roriz Neto (Pros) concorre pela segunda vez à Câmara dos Deputados — nas urnas, usará o mesmo nome do avô. Em 2014, com uma campanha curta, conquistou 29.481 votos. Desta vez, com a peregrinação iniciada mais cedo, espera conquistar a vaga. No total, o candidato arrecadou R$ 489.090,01. Todo o valor saiu da direção nacional do partido.
Correligionário de Joaquim Roriz Neto, o senador Hélio José detém R$ 629.775 — montante investido pelo Pros em sua candidatura. O parlamentar, que ocupava a 1ª suplência de Rollemberg, chegou ao Congresso Nacional quando o socialista venceu as eleições para o Buriti, em 2014. Pelo mesmo partido, concorrerá Zé Edmar, que dispõe de R$ 150 mil, verba também doada pela sigla.
Na coligação que dá suporte à candidatura de Rollemberg, a ex-governadora Maria Abadia (PSB) acumula a maior cifra: 
 R$ 701 mil. Em seguida, aparece o correligionário e ex-secretário de Cidades, Marcos Dantas, com R$ 500 mil. Professor Israel, que concorre pelo PV, acumula 463.066.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Em fim Saiu a Licitação da expansão do Metro em Samambaia

Foto Nonato Borges

O GDF lança hoje o edital de licitação para a expansão do metrô em Samambaia. O projeto prevê mais 3,67km de trilhos e duas novas estações: uma na Quadra 111 e outra na 117. As obras incluem, ainda, a construção de três viadutos, sendo dois rodoviários e um metroviário; quatro passarelas para pedestres; e uma subestação de energia. Com a ampliação do transporte sobre trilhos, o governo estima atender 10 mil pessoas a mais por dia.
Com a homologação do processo, as empresas interessadas podem se inscrever na concorrência. A estimativa da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô/DF) é de que, em janeiro de 2019, essa etapa de seleção seja concluída, o acordo firmado e que, a partir de então, comece a construção. “Assim como acontece no mundo todo, a expansão dos trilhos vai valorizar os ramos imobiliário, comercial e de serviço; com isso, haverá um boom na geração de empregos e nas rendas, fomentando a economia e o desenvolvimento urbano”, prevê o presidente da Metrô-DF, Marcelo Dourado. A expectativa é de que as obras sejam concluídas em 2021.
O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Social e Ambiental da empreitada estimou que, com a construção dos terminais de metrô, será possível reduzir mais de 3,2 mil carros particulares e 62 ônibus circulando diariamente na região. Com isso, a pesquisa conclui que haverá redução tanto na quantidade de poluentes atmosféricos quanto do tempo de viagem. A verba estimada é de R$ 123 milhões, sendo que 88% do valor é proveniente do Orçamento Geral da União, e os outros 12% da contrapartida financeira do GDF. Ao Correio, o governador Rodrigo Rollemberg disse que viabilizar as obras foi uma prioridade da gestão. “Mesmo que boa parte do montante venha do governo federal, houve esforço e trabalho do governo local para equilibrar as contas, permitindo ao DF a capacidade de investimento”, afirmou.

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Modernização


Rollemberg destacou, ainda, que as três novas estações que o Distrito Federal está prestes a receber foram construídas com verba local. A previsão é de que, até novembro, os terminais da 106 Sul, no Cine Brasília, e da 110 Sul possam receber passageiros. Até o fim de 2018, deve ficar pronta a estação da Estrada Parque, em Águas Claras. As duas primeiras obras foram orçadas, no total, em R$ 38 milhões.
A expansão do metrô de Samambaia faz parte do empreendimento “Expansão e Modernização da Linha 1”. Ele foi dividido em quatro etapas, com o objetivo de viabilizar a liberação dos recursos pelo Ministério das Cidades. Além do trecho de Samambaia, estão incluídos o de Ceilândia, o da Asa Norte e uma modernização do transporte. “Todas as etapas estão aprovadas pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal. No entanto, necessitamos da liberação da verba federal para darmos início a esses outros processos licitatórios”, explica Rollemberg.
A expectativa do Executivo local é de que o recurso da União seja liberado ainda no primeiro semestre de 2019. Se a previsão for cumprida, todas as obras da Expansão e Modernização da Linha 1 devem ser entregues até o fim de 2022.

No Brasil em 14 Estados 50% da população Vive com Menos de Meio Salário minimo

A desigualdade social pode comprometer o desenvolvimento infantil e perpetuar a miséria. Um estudo realizado pela Fundação Abrinq em todo o Brasil revelou que é grande a possibilidade de crianças que vivem em situação de pobreza se tornarem adultos pobres. A desigualdade de renda é um dos principais desafios nacionais no recorte que abrange a faixa etária de até 14 anos.
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Em Alagoas, Maranhão, Ceará, Bahia e Pernambuco, 60% da população nessa faixa etária está em situação de pobreza. Em Rondônia, Amapá, Amazonas e Pará, mais de 90% das crianças estão fora de creches.

Para especialistas, mudar o cenário depende de uma série de investimentos, não só em renda, mas também em infraestrutura, emprego, saúde e educação. Um dado reforça a tese: em 22 estados, mais de 43% da população não tem coleta de esgoto. Em 14 estados, mais de 50% da população vive com renda per capita de até meio salário mínimo.

Os dados da Abrinq reforçam um alerta feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no último mês. Seis em cada 10 crianças e adolescentes vivem em situação de pobreza no Brasil, totalizando 32 milhões de jovens.

As precárias condições de vida dessa parcela da população geram um ciclo vicioso do qual, dificilmente, a criança ou o adolescente pobre consegue escapar. “A pobreza persistente tem a ver não só com a pobreza material, mas também com violência, falta de moradia”, explica Carmen Migueles, especialista em educação da FGV .

Para Migueles, é preciso mudar a forma como as políticas públicas são traçadas e a mentalidade das famílias. “Há uma cultura das famílias mais pobres que preferem que se ganhe algum dinheiro agora do que se preparar para o futuro. É preciso rever as estratégias de educação para diminuir a evasão.”

A professora Christiane Girard Nunes, do Departamento de Sociologia da UnB, acredita que mudar esse cenário exige investimentos intersetoriais. “Tem de haver uma política de distribuição de creche de boa qualidade e de acesso à saúde, à educação e ao emprego. O conjunto desses fatores determina o futuro das crianças”, avalia. Para se ter dimensão do problema, 1.442 creches no Brasil não têm coleta de esgoto e 5.323 não oferecem água filtrada, segundo a Abrinq.

Papel fundamental

A administradora executiva da Fundação, Heloísa Oliveira, destaca que os governos locais têm papel fundamental na mudança. “Temos desafios específicos relacionados com a formação da população e da renda de cada estado, que influenciam a desigualdade social”, diz. “Uma criança pobre tem mais chances de se tornar um adulto pobre e de constituir uma família pobre. É preciso frear essa vulnerabilidade.”

De acordo com ela, o problema não é somente do interior ou de municípios pequenos. “Nas cidades mais ricas, temos pobreza geracional nas favelas e nas periferias”, frisa. Caso de Brasília. O Coeficiente de Gini, divulgado pela Codeplan, mostra o desequilíbrio da renda familiar per capita: a discrepância chega a 18 vezes na comparação entre o Lago Sul (a maior) e a Estrutural (a menor).

Moradora da Estrutural, a dona de casa Tamires Matos Sousa, 26 anos, reside num barraco com o marido, desempregado, e os quatro filhos. A renda mensal não ultrapassa R$ 500. “Nós nos esforçamos para as crianças estudarem para terem um bom futuro, mas passamos muita dificuldade. A pior hora é de manhã, quando pedem pão e leite, e não tem”, conta.

A pequena Érica, 4 anos, enxerga na escola a oportunidade de comer. A merenda oferecida no colégio é um dos atrativos. “Gosto de comer na escola. Meu prato preferido é quando tem carne”, diz.

A pesquisa

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» Cinco estados têm mais de 60% da sua população de até 14 anos em situação de pobreza

» Onze estados têm percentual de homicídios de crianças e adolescentes maior do que a média nacional (18,6%).

» Dezessete estados têm taxa de mortalidade infantil acima da média nacional (12,7/1 mil vivos)

» Dezoito estados têm percentual de mães adolescentes acima da média nacional (17,5%).

» Mais de 90% das crianças de Amapá, Amazonas, Rondônia e Pará estão fora das creches

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Eleições no DF hoje da Segundo Turno com Eliana e Flagra 1° 2° Lugar

Se as eleições fossem hoje, 22% dos brasilienses votariam em Eliana Pedrosa (Pros) para governadora do Distrito Federal. Os números são da pesquisa de intenção de voto do Ibope, encomendada pela Rede Globo e divulgada nesta segunda-feira (17/9).
O levantamento ouviu 1204 eleitores de todas as regiões do DF entre 14 e 16 de setembro, e mostra também que a ex-distrital venceria todos os oponentes no segundo turno.
Alberto Fraga (DEM) subiu um ponto percentual em relação a última pesquisa, realizada entre 9 e 11 de setembro, e chegou a 14%. O cenário hoje é de segundo turno entre Eliana e Fraga.
Fora do segundo turno, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que disputa à reeleição, caiu um ponto percentual e marcou 11%. Rogério Rosso (PSD) se manteve com 10%, e Ibaneis (MDB) subiu dois pontos percentuais e marcou 9%, se aproximando dos quatro primeiros colocados.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Confira os números:
Eliana Pedrosa (Pros): 22%
Alberto Fraga (DEM): 14%
Rodrigo Rollemberg (PSB): 11%
Rogério Rosso (PSD): 10%
Ibaneis (MDB): 9%
Miragaya (PT): 3%
General Paulo Chagas (PRP): 3%
Alexandre Guerra (Novo): 3%
Fátima Sousa (PSOL): 1%
Renan Rosa (PCO): 1%
Guillen (PSTU): 0%
Brancos/nulos: 13%
Não sabe: 8%
A ordem dos cinco primeiros colocados é a mesma da pesquisa do Instituto Opinião Política, encomendada pelo Correio Braziliense e divulgada na última quarta-feira (12/9). No levantamento, Pedrosa marcava 19,1%, Fraga 13,2% e Rollemberg 12,1%.