segunda-feira, 31 de outubro de 2016

UBES, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

Fotos Nonato Borges Jornal Tribuna de Samambaia DF 
 menos 21 estados brasileiros, além do Distrito Federal, têm escolas e institutos ocupados por estudantes, segundo levantamento feito pelo G1. Eles são contrários à medida provisória que trata da reforma do ensino médio e à PEC 241, que limita os gastos na educação e outras áreas.
Um levantamento divulgado na quarta-feira (26) pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) mostra que há 1.154 ocupações em escolas, institutos e universidades estaduais, federais e municipais.
O movimento que se alastrou pelo Brasil começou no dia 3 de outubro no Paraná. É lá que está concentrado o maior número de ocupações: são 850 escolas estaduais, 14 universidades e três núcleos de educação, segundo o movimento Ocupa Paraná. Onde há ocupação, as aulas estão suspensas.
Já o número divulgado pela Secretaria de Estado de Educação (Seed), na tarde de terça-feira, é diferente: 752 escolas ocupadas, ou seja, 31% do total. Segundo a Seed, 79 escolas já foram desocupadas.
Na segunda-feira (24), um adolescente de 16 anos foi encontrado morto com facadas no pescoço e no tórax na Escola Estadual Santa Felicidade, que está ocupada por estudantes.
Estudantes ocupam quase mil instituições de ensino no país
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp), ele e outro aluno da escola, de 17 anos, dividiram uma droga sintética e depois se desentenderam.
O segundo estado com mais ocupações é Minas Gerais, com mais de 50 instituições de ensino. Em Alagoas há pelo menos 16 unidades, seguida por Rio Grande do Norte, com 13, Santa Catarina, com 12, e Espírito Santo, 11, de acordo com o levantamento do G1.
Pressão do MEC
O Ministério da Educação (MEC) deu prazo até a próxima segunda-feira (31) para que as instituições sejam desocupadas, já que muitas delas servirão de locais para aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorre nos dias 5 e 6 de novembro.

O ministro Mendonça Filho disse no dia 19 de outubro que, se as escolas não forem desocupadas até 31, a prova será cancelada para os inscritos nesses locais. Na ocasião, ele citou que eram 181 pontos de aplicação do Enem ocupados onde estavam inscritos mais de 95 mil alunos. O Inep informou que atualizaria estes números nesta quarta-feira (26), tendo em vista que as ocupações cresceram em todo o país, porém, não divulgou nenhuma novidade.
Segundo Mendonça, o MEC já tomou a decisão de aplicar nova prova do Enem em data posterior para esses alunos que eventualmente sejam prejudicados por ocupações em escolas. Ele descartou a possibilidade de realocar a prova para outras escolas, por problemas de logística.

Movimento de Ocupação de Escolas no DF Começou em Samambaia e chega ao UNB

Com barracas e faixas contra PEC 241, alunos ocupam campus da UnB
Proposta limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos.
Grupo barrou entrada de funcionários e estudantes contrários ao movimento.
Do G1 DF



Faixa com dizeres "Fup ocupada" erguida na grade do campus de Planaltina da UnB durante protesto contra a PEC 241 (Foto: Elielton Lopes/G1)
Estudantes ocuparam na madrugada desta segunda-feira (31) o campus da Universidade de Brasília em Planaltina, a 40 quilômetros do centro da cidade, em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos, a PEC 241. Eles barraram a entrada de funcionários e de alunos contrários ao movimento e disseram que ficarão no local durante toda a semana.
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Em nota, a direção da UnB de Planaltina disse que não tem havido restrição de acesso a estudantes, professores e técnicos a nenhum dos setores do campus, em razão da ocupação e que as pautas reivindicadas pelos estudantes não fazem referência à FUP ou à UnB. A direção do campus disse ainda que atuará no caso, orientada pelo diálogo com a comunidade acadêmica.
Os estudantes penduraram faixas nas grades da instituição e alguns cobriram os rostos com camisetas. Além disso, foram montadas barracas dentro da universidade. Os organizadores da ocupação não quiseram conversar com a imprensa. Segundo relatos, o grupo chegou ao local entre 2h e 3h.
As faixas fazem críticas à PEC, que foi aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados na madrugada de quarta-feira (26). O texto seguiu para análise do Senado, onde deve ser votado em dezembro. Os manifestantes também usaram cartazes com mensagens como “não aceitamos retrocesso” e “FUP [Faculdade UnB Planaltina] ocupada”.
Parte dos alunos reclamou da situação. "As aulas foram suspensas. Quem tinha prova ou concurso de mestrado foi suspenso [liberado] também por causa da ocupação", disse o estudante Flávio Henrique.
Entrada da UnB em Planaltina fechada; estudantes controlavam acesso durante ocupação contra a PEC 241 (Foto: Elielton Lopes/G1)
Um grupo contrário ao movimento disse que via entregar um abaixo-assinado na delegacia pedindo intervenção policial. A corporação disse que ainda não foi acionada e que, em casos de conflito, o caso deve chegar por meio do Centro Integrado de Atendimento e Despacho.
Funcionários que não puderam entrar aguardaram do lado de fora a ordem para retornarem para casa. "Eles disseram que se entrarmos, não vão deixar trabalhar", disse uma das terceirizadas, que pediu para não ser identificada.
Funcinários do campus Planaltina que não puderam entrar na UnB durante protesto contra a PEC 241; grupo aguardava orientações em parada de ônibus (Foto: Elielton Lopes/G1)

As ocupações atingem ainda pelo menos seis escolas públicas (centros de ensino médio Taguatinga Norte, 111 do Recanto as Emas, Elefante Branco, 304 de Samambaia e Setor Oeste, além do Centro de Planaltina) e quatro unidades do Instituto Federal de Brasília (Estrutural, São Sebastião, Riacho Fundo e Samambaia).

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Delegado do 32 DP de Samambaia Discute com colega da mesma Delegacia

  Policia não pode brigar com policia, tem que ser valente é contra os bandidos que domina a cidade

Um delegado é acusado de sacar uma arma para outro delegado na manhã desta desta segunda-feira (24/10). O caso ocorreu dentro da 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul), após uma discussão durante o encaminhamento de documentos. O episódio escancara os ânimos exaltados entre os integrantes dacorporação em meio ao movimento da Polícia Civil que tem manifestação marcada para a tarde desta segunda, em frente ao Palácio  do Planalto.

O confronto aconteceu entre o novo chefe da unidade policial, Júlio César de Oliveira Silva, e o colega exonerado da função, Moisés Martins. A exoneração ocorreu na sexta-feira (21/10) em meio a tantas outras em uma tentantiva da chefia da Polícia Civil do DF retomar o controle da corporação.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), um dos agentes testemunhou o confronto na manhã desta segunda e interveio para não terminar em tragédia. De acordo com o Sinpol-DF, ele teria tomado a arma de fogo do delegado-chefe após dar um golpe conhecido como chave de braço. A Corregedoria da Polícia Civil investiga o caso.


O delegado Moisés Martins atendeu a ligação da reportagem do Correio por volta das 12h55 desta segunda-feira e afirmou que estava na Corregedoria registrando a ocorrência. Pediu para dar entrevista mais tarde.

Ao Correio, o delegado Júlio César negou ter apontado uma arma para o colega, mas confirmou um bate-boca no interior da DP. "Ele me chamou para a porrada e eu vim para cima. O que aconteceu foi uma divergência de opinião. O agente, por receio, pediu a arma que estava na minha cintura como ando sempre. Até porque, em uma discussão, dois estando armados, pode dar alguma confusão. Mas é claro que eu não saquei nenhuma arma", alegou. Segundo o delegado, a confusão começou por causa de um procedimento adotado, mas não disse qual. "Deixa ele registrar a ocorrência que ele quiser (na corregedoria)", informou.

Júlio César foi candidato a deputado distritalpelo PSB (partido do governador Rodrigo Rollemberg) nas eleições de 2014. Não conseguiu se eleger, mas ganhou a função de chefe na última sexta-feira.

Na sexta-feira (21/10) uma decisão enérgica do diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, revoltou delegados. O Diário Oficial do Distrito Federal a trouxe a publicação das exonerações e substituições de chefes e diretores de áreas sensíveis da instituição, como do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC). Nesta ocasião, foi trocado o comado da 32ª DP.

A comunicação da Polícia Civil emitiu uma nota sobre o desentendimento entre os delegados, mas não esclareceu os fatos. "Foi registrada a ocorrência número 18/2016, na Corregedoria Geral de Polícia, para apurar o incidente envolvendo os delegados de Polícia Moisés Martins e Júlio César de Oliveira, ocorrido por volta das 11h de hoje, na 32a DP", afirma. "Os aspectos criminal e disciplinar serão analisados pela CGP", conclui o texto. 


domingo, 16 de outubro de 2016

Com chuvas fracas no DF o Racionamento de Aguá esta Bem próximo


A Tarifa de Contingência deve começar a compor a fatura de água do consumidor do Distrito Federal nos próximos 10 dias, prazo em que a Barragem do Descoberto deve chegar a 25% do volume útil, porcentagem prevista pelo decreto local que instituiu a taxa. Segundo cálculos da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), 60% dos imóveis residenciais pagarão pelo acréscimo, pois consomem mais de 10 mil litros de água por mês. Uma vez instituída, a cobrança vale até a edição de outra resolução da Agência Reguladora de Águas (Adasa) cessando a tarifa.

Dessa forma, mesmo que o reservatório suba e saia dos 25%, a taxa continua valendo até a agência julgar necessário. “O término da cobrança ainda não está totalmente definido. Não dá para estipular um percentual, porque uma chuva pode elevar o reservatório por um dia e, no seguinte, o volume continuar caindo”, explica Cássio Leandro Cossenzo, coordenador de estudos econômicos da Adasa. “Por isso, só deve acabar quando a Adasa julgar que não há escassez hídrica, a partir de novos estudos e parâmetros”, complementa.
Os 40% a mais no valor pago na conta de água valerá para todo o Distrito Federal, independentemente de a unidade ser abastecida ou não pela Barragem do Descoberto, uma vez que o sistema é interligado. Atualmente, o reservatório é responsável por quase 70% da água que chega às torneiras das residências brasilienses. Ontem, a represa estava com 28,88% do volume, o menor da história do DF, e o ritmo de queda continua de 0,4% por dia. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuva suficiente para encher o local até o fim de outubro. As precipitações estão previstas para novembro.

Atualmente, o DF consome 16 bilhões de litros mensais de água. A previsão da Adasa é de que a Tarifa de Contingência gere uma economia de 15% por mês, ou seja, 2,4 bilhões de litros. Porcentagem de economia que não foi atingida pela população do DF desde o início da crise hídrica de 2016. “A gente espera que as pessoas economizem água, que os condomínios suspendam a lavagem de calçadas e outros desperdícios”, analisa Maurício Luduvice, presidente da Caesb.

Segundo ele, o esforço deve se concentrar para evitar o racionamento, que será instituído quando o reservatório registrar 20% de volume. “Estamos trabalhando com a hipótese de o Descoberto chegar a 20%, e o nosso plano está em fase final”, adianta. Entretanto, Ludovice vê a possibilidade como um grande problema. “O racionamento é complexo e não é barato. Vamos ter de fechar redes para abastecer uma região um dia e, no outro, não. O sistema não foi projetado para isso. Fora que temos de manter água para espaços públicos, como delegacias e escolas, ou seja, todo um aparato de caminhões-pipa”, detalha.

Apesar dos índices registrados, o governo se mantém otimista. Segundo o secretário de Meio Ambiente, André Lima, o volume dos reservatórios têm baixado, mas a uma velocidade constante. “Percebemos uma curva menor. Se a chuva em alguns pontos se mantiver e começar a chover, realmente, pode ser que nem chegue nos 25%”, explica.

A aposentada Silvia Mourão, 66 anos, é a favor do aumento. Ela mora no Cruzeiro com o marido e pagou apenas R$ 68 na última conta. “Eu poupo muito, até os jardins da minha casa recebem água reaproveitada. O aumento por gasto é justo. Tem gente na minha rua que passa horas com a mangueira ligada para regar o jardim ou lavar o carro. Agora, pesando no bolso, quem sabe a população se conscientiza?”, questiona. O acréscimo de valor na conta de água devido à escassez é previsto na lei federal do saneamento básico.


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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O Presidente Michel Temer da Jantar a mais de 220 Deputados com as Esposas no Alvorada

Boa parte dos 220 deputados dos 300 esperados em jantar oferecido pelo presidente Michel Temer neste domingo (9) saiu muito animada. Governistas esperam "de 355 a 365" dos votos da base aliada de 414 Deputados
Muitos levaram as esposas e protagonizaram longa sessão de selfies com o presidente e sua esposa, Marcela, à porta do Palácio do Alvorada. Dois economistas de fora do governo, como José Márcio Camargo (PUC-Rio) foram levados para explicar a necessidade da aprovação da PEC dos Gastos, que deve ser votada nesta segunda-feira, por meio de apresentações Power-Point em telões espalhados pelo Alvorada.
Os parlamentares classificaram como muito convincentes e objetivas as explanações. Foi dito que nem um superaumento de carga vai resolver o problema das despesas se não houver a aprovação da PEC, que limita os gastos do governo à inflação do ano anterior. Também alarmou-se que sem a PEC o risco é de hiperinflação e insolvência no curto prazo.
Deputados saíram convencidos, dispostos a votar com o governo. Todos destacaram o ineditismo da ação de Temer. Geralmente são só os líderes que vão ao Planalto. Desta vez foi chamado também o "baixo clero", criando nestes uma sensação de importância.
Foi servida uma carne com risoto de funghi, considerada boa, além de salmão, salada e massa.
Intervalo
Para votar a PEC do teto dos gastos nesta segunda, os deputados terão de quebrar à tarde o interstício, intervalo regulamentar, para poder votar a PEC à noite.
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