quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Bolsista do Prouni Convida Lula para Festa de Formatura

18 DE JANEIRO DE 2017 ÀS 18:17 // RECEBA O 247 NO TELEGRAM Descrição: Telegram


Revista Fórum - A estudante de jornalismo Rita Correa Garrido, de 26 anos, nem pensava em cursar uma faculdade. Filha de comerciantes e estudante de escolas públicas durante todo o ensino fundamental e médio, ela viu no ProUni a possibilidade de conseguir uma bolsa de 50% na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS). Os outros 50% foram financiados com auxílio do FIES.
A formatura está marcada para o próximo dia 20, após uma trajetória de jornadas exaustivas de trabalho, estudo, preconceito e até exclusão dos colegas, que faziam piadas da condição de bolsista. Em sua pesquisa de conclusão de curso, Rita abordou como tema “A Construção de Sentidos Sobre a Condução Coercitiva do Ex-Presidente Lula: análise das notícias em CUT-RS e Zero Hora”.
O trabalho ressalta a importância do jornalismo sindical como contraponto às notícias dadas pela grande imprensa. Para comemorar a formatura, a jovem enviou uma carta a Lula e fez o convite para ele participar de sua festa. O petista afirmou que não poderá estar presente, mas ligou para a universitária para agradecer e disse que deverá visitá-la em uma próxima viagem ao Sul.
Foto: Da esquerda para a direita: Rafaela Amaral, Matheus Alves, Rita Garrido e Émerson da Costa, todos bolsistas do ProUni
Leia a seguir a carta na íntegra.
Canoas, 28 de dezembro de 2016
Ao ex-presidente e companheiro Luiz Inácio Lula da Silva,
Me chamo Rita Correa Garrido, tenho 26 anos e estou a alguns dias de uma grande conquista. Em 2010, ingressei na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, a Unisinos, em São Leopoldo-RS, para estudar jornalismo. Até poucos anos antes, sequer pensava em cursar o ensino superior, assim como milhares de estudantes Brasil a fora.

Filha de comerciantes, estudante de escolas públicas durante todo o ensino fundamental e médio, resolvi apostar no ProUni, que logo me propiciou uma bolsa de 50%. Peguei!

Durante seis anos, estudei em uma universidade particular tida como referência no Sul do país. Tive mudanças significativas na minha percepção de sociedade, principalmente na maneira como me incluo nela, e com isso, pude construir uma visão mais ampla, crítica e humana em relação ao mundo. Muito além de uma profissão, cresci como ser humano e me fortaleci como cidadã.


Também nestes anos, enfrentei jornadas exaustivas de trabalho, preconceito e exclusão. As jornadas, resolvi mais uma vez com os programas de inclusão. Solicitei o FIES e financiei os 50% pagos do curso, quase já no final da graduação. Ao preconceito e a exclusão, lutei, junto com inúmeros colegas, contra piadas do nível “bolsista também não ganha estojo com lápis, apontador e borracha” e gritos de “CALA BOCA, PROUNI”, durante uma ampla mobilização, em frente ao DCE da Universidade, contra o golpe dado na presidenta eleita Dilma Rousseff. 


Mesmo diante dos percalços, nunca omiti minha ideologia e meus posicionamentos políticos, que só se reforçaram com minha entrada no setor de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, em maio de 2014. Aqui, mais uma vez, tive a oportunidade de ampliar visões e me aproximar de algo que julgo essencial no jornalismo: a comunicação popular voltada à classe trabalhadora. 


Frente à condução coercitiva, tentei levantar um grão de areia de clareza ao abordar o acontecimento em minha pesquisa de conclusão de curso, intitulada: A Construção de Sentidos Sobre a Condução Coercitiva do Ex-Presidente Lula: análise das notícias em CUT-RS e Zero Hora. Contrariando minhas expectativas, o trabalho foi muito bem recebido e avaliado pela banca de professores, rendendo-me o grau de Distinção (equivalente a notas entre 9 e 10) com direito a publicação na biblioteca da Universidade. 


A pesquisa segue, para que vejas o esforço feito dentro da academia para esclarecer fatos e lutar contra o monopólio da informação e a falta de democratização dos meios de comunicação. 


Também, e sendo este o principal motivo do meu contato, encaminho formalmente o convite da Cerimônia de Formatura, a ser realizada no dia 20 de janeiro de 2017, no auditório Pe. Werner da Unisinos São Leopoldo, a partir das 21h. Junto com os demais colegas do jornalismo, em grande parte bolsistas do ProUni e do Fies, comemorarei a conquista citada no início desta carta. A tua presença será uma honra para todos!


No sábado, dia 21 de janeiro, comemorarei de forma simples e informal com alguns poucos familiares, amigos e companheiros do Sindicato a formatura. O encontro será na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita, a partir das 21h. Igualmente será uma honra tua presença nesta celebração.


Por fim, ainda incerta da presença, mas confiante no convite, agradeço-te desde já à oportunidade dada a milhões de estudantes em todo o país. O término de uma graduação não significa meramente a conquista de um canudo, mas também a conquista de dignidade, igualdade e oportunidades. Ainda que longe de atingir uma sociedade justa e igual para todos e todas, se faz necessário agradecer e reconhecer àqueles que, de alguma forma, acreditaram e investiram em um país melhor a partir da educação! Seguimos, mais do que nunca, nesta luta! Muito obrigada!
Atenciosa

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Aterro sanitário de Brasilia é inaugurado em Samambaia

Gov. Rollemberg chega para ver a primeira carga derramada no local fotos Nonato Borges 
Governador Rollemberg e autoridades inaugura aterro Sanitário Fotos Nonato Borges 
SAMIRA PÁDUA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de lixo, o Aterro Sanitário de Brasília, inaugurado nessa terça-feira (17) na DF-180, tem a construção dividida em quatro etapas. Apenas rejeitos serão depositados na área, e não haverá a presença de catadores, já que o material encaminhado para lá não é mais passível de reciclagem.
Apenas rejeitos serão depositados no Aterro Sanitário de Brasília, e não haverá a presença de catadores, já que o material encaminhado para lá não é mais passível de reciclagem. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília-17.1.2017
A área total é de 760 mil metros quadrados (m2), dos quais 320 mil são destinados a receber os rejeitos. A primeira etapa tem 110 mil me é fracionada em quatro células de aterramento. As obras das etapas seguintes serão feitas paralelamente ao início do funcionamento do local, de forma a evitar acúmulo de água da chuva, e consequentemente, de chorume. A célula que começou a receber rejeitos ontem conta com 44 mil m2.
Quando as carretas chegarem ao local, apenas motorista e veículo serão autorizados a seguir. Outras pessoas que porventura estiverem acompanhando devem aguardar em uma sala de espera. Duas balanças rodoviárias ficam instaladas perto da entrada para pesar os caminhões que chegam e saem do aterro.
Diferentemente do aterro controlado do Jóquei, na Estrutural, a disposição do lixo no Aterro Sanitário de Brasília é precedida por uma série de cuidados, que começa com drenos de captação de águas subterrâneas para evitar que esse tipo de líquido pressione o solo e provoque rupturas na estrutura.
O aterro tem 760 mil metros quadrados, sendo 320 mil destinados a receber rejeitos
Por cima dele, 1,5 metro de solo compactado e, em seguida, uma manta feita de polietileno de alta densidade. Texturizada nas duas faces e com espessura de dois milímetros, ela protege o solo e evita a contaminação do lençol freático. Acima da manta há uma cobertura de 50 centímetros de solo, que a protege de estragos, já que os caminhões que transportam os rejeitos passam por cima do material (veja arte abaixo).
Ao ser colocado no solo, o rejeito será espalhado e compactado com terra diariamente. A disposição do material ocorrerá de maneira a criar, com o tempo, camadas de diversas alturas em forma de trapézio, o que permitirá a estabilidade do aterro e o acesso para a abertura de novas frentes de serviço. Na medida em que os taludes forem formados, a estrutura receberá grama para sustentação.
Concomitantemente à colocação de rejeito no solo, são elevados dois tipos de drenos: um de captação de água pluvial e outro de chorume (líquido produzido pela decomposição da matéria orgânica dos rejeitos) e gás. A água pluvial captada no aterro é enviada a dois reservatórios destinados a isso e vai para o Rio Melchior. Já o chorume segue para outro reservatório voltado a esse fim e é enviado para tratamento na Estação de Tratamento de Esgoto Melchior, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), vizinha do aterro.
LE AGÊNCIA BRAS

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Fotos Nonato Borges
Apenas rejeitos serão depositados no Aterro Sanitário de Brasília, e não haverá a presença de catadores, já que o material encaminhado para lá não é mais passível de reciclagem. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília-17.1.2017
A área total é de 760 mil metros quadrados (m2), dos quais 320 mil são destinados a receber os rejeitos. A primeira etapa tem 110 mil me é fracionada em quatro células de aterramento. As obras das etapas seguintes serão feitas paralelamente ao início do funcionamento do local, de forma a evitar acúmulo de água da chuva, e consequentemente, de chorume. A célula que começou a receber rejeitos ontem conta com 44 mil m2.
Quando as carretas chegarem ao local, apenas motorista e veículo serão autorizados a seguir. Outras pessoas que porventura estiverem acompanhando devem aguardar em uma sala de espera. Duas balanças rodoviárias ficam instaladas perto da entrada para pesar os caminhões que chegam e saem do aterro.
Diferentemente do aterro controlado do Jóquei, na Estrutural, a disposição do lixo no Aterro Sanitário de Brasília é precedida por uma série de cuidados, que começa com drenos de captação de águas subterrâneas para evitar que esse tipo de líquido pressione o solo e provoque rupturas na estrutu