segunda-feira, 26 de junho de 2017

Secretário de Saúde Tranquiliza Servidores do Base.

Secretário tranquiliza servidores do Base sobre seus direitos

Em reunião no hospital, Humberto Fonseca respondeu a 129 perguntas para esclarecer as dúvidas dos profissionais de saúde sobre a criação do Instituto

BRASÍLIA (26/6/2017) – O Instituto Hospital de Base continuará totalmente público e preservará todos os direitos dos servidores públicos. O esclarecimento foi feito pelo secretário de Saúde, Humberto Fonseca, durante uma reunião com servidores da unidade na manhã desta segunda-feira (26). Humberto respondeu a 129 perguntas dos profissionais, durante três horas, para esclarecer dúvidas e tranquilizar os trabalhadores sobre a conversão do Base para Serviço Social Autônomo, alteração já aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.

"Não há privatização, não terá empresa envolvida e não é Organização Social. O Instituto é o próprio governo, que passa a trabalhar com regras próprias mais eficientes para a gestão da saúde. É o mesmo orçamento e gestão funcionando com normas mais modernas. Nós queremos tranquilizar os servidores, que permanecerão com seus direitos garantidos. Tudo está sendo feito com transparência. A lei, decretos e estatutos serão claros. Estamos trabalhando para vocês terem condições de trabalho melhores e para aumentar o qualidade do serviço à população", disse Humberto.

O secretário de Saúde explicou aos servidores que o principal ganho para o Hospital de Base será a instituição de um modelo de gestão que tornará o hospital mais eficiente, com regras mais ágeis para a aquisição de medicamentos, material e serviços. E para contratação de novos profissionais. Ou seja: um modelo que garantirá que nada falte no hospital, tornando, assim, melhor o ambiente de trabalho. Para os antigos servidores, que permanecerão com seus direitos garantidos, será uma clara melhoria. Para a população, também da mesma forma.

"Teremos um manual de compras e de contratação que vai gerir a forma como se darão a aquisição de produtos e serviços e a entrada dos novos servidores. Será um modelo mais ágil, mas que também os mesmos princípios de transparência e moralidade. Haverá a participação de órgãos de controle externo como Tribunal de Contas, Ministério Público e Controladoria analisando os contratos. A fiscalização será a mais rigorosa possível. Além disso, vamos poder comparar a eficiência do novo modelo com o que já é realizado", explicou.

Por diversas vezes, o secretário rebateu a falsa ideia de que se trata de um processo de privatização do Hospital de Base. Humberto Fonseca explicou que privatização se daria caso o hospital fosse de alguma forma vendido a uma instituição privada. Muito longe disso, não haverá sequer um contrato com instituição privada para gerir o hospital. Será apenas uma mudança na forma como o próprio hospital será administrado. O Hospital de Base passa a ser um Serviço Social Autônomo. Uma entidade gerenciada pela própria Secretaria de Saúde. Com isso, não há capital privado. Um conselho com 11 integrantes, presidido pelo próprio secretário de Saúde, será indicado pelo governador e escolherá a diretoria do hospital.

"É um momento de mudança e de virada no Hospital de Base, que tem grande importância e é essencial. Estamos propondo algo muito diferente e inovador. Temos certeza que vai dar certo. Estamos construindo um hospital melhor, que vai ter mais abastecimento, estrutura e equipes completas", respondeu Humberto.

CONTRAÇÃO E PERMANÊNCIA NO RH – O servidor que decidir permanecer trabalhando cedido ao Instituto não perderá qualquer direito, conforme assegura a Lei 840. Quem continuar poderá, caso mude de ideia, solicitar remanejamento.

Poderão atuar no Base sem ser submetidos à processo seletivo os aposentados da Secretaria de Saúde, bem como até 30% dos candidatos aprovados que aguardam nomeação, sem prejuízo para quando a convocação vier a ocorrer. Quem é servidor efetivo de outras unidades, mas quer atuar no Instituto, também poderá participar da seleção e manter os dois vínculos, ou seja, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e Lei 840.

Os novos profissionais serão contratados em regime CLT, mas os servidores não se tornarão celetistas, a não ser que solicitem exoneração. Caso contrário, continuam com todos os direitos previstos para os servidores da rede.

Quem aguarda nomeação de concurso público poderá participar do processo seletivo sem prejuízo quando ocorrer o chamamento no Diário Oficial do DF.

REMOÇÕES – Para quem deseja atuar em outro hospital da rede com a transformação do Base em instituto, a Secretaria de Saúde divulgará as vagas disponíveis nas demais unidades. A pasta tentará priorizar o local solicitado pelos trabalhadores, que podem optar, preferencialmente, para continuar atuando na mesma área. "O ideal é usar a experiência que ele já tem na respectiva área. Não podemos obrigar ninguém a continuar cedido, mas quem sair não poderá mais voltar", afirmou Humberto.

As remoções só terão início após a assinatura do contrato de gestão, previsto para 2018. Para a celebração do contrato, é necessário aguardar diversas providências como sanção da lei, publicação do decreto, manual de contratações, aprovação de regimento interno, entre outras ações.

CONVÊNIOS – Como o Base permanecerá público também não haverá, segundo Fonseca, alterações nos 32 programas de residências, nem nas parcerias e convênios celebrados com outros órgãos.

ORÇAMENTO – O Instituto Hospital de Base vai gerir o seu próprio orçamento. No ano que vem, o hospital receberá o mesmo montante que vai destinado a ele no orçamento deste ano, aproximadamente R$ 600 milhões. As mudanças, no entanto, deverão produzir maior eficiência nos gastos.

CARGA HORÁRIA – O Instituto também admitirá diferenciadas cargas horárias. Todas as pessoas com 40 horas permanecem nesse regime. Quem possui duas matrículas poderá ser distribuído dentro do próprio hospital, de acordo com a nova gestão.

Para quem pretende continuar no Base e aguarda a ampliação de carga horária de 20 horas para 40 horas, a concessão dependerá da necessidade da administração pública e da retratação de outro servidor.

RESTRIÇÃO LABORAL – Os servidores com restrição laboral poderão ser remanejados, caso haja impossibilidade de atuar em atividade proposta pela nova gestão. "Teremos metas a serem cumpridas. Por isso, a permanência de pessoas com restrição laboral será avaliada, bem como se há serviço compatível com sua restrição", explicou Humberto.

CHEFIAS – Os cargos de chefia, direção e assessoramento, sujeitos a gratificação, poderão ser ocupados por servidores e celetistas, de acordo com indicação da direção. Já os salários dos servidores serão pagos pela Secretaria de Saúde, enquanto o dos celetistas será responsabilidade do Instituto.


quinta-feira, 22 de junho de 2017

Tribuna de Justiça DF Aumenta Condenação do Conselheiro Manoelzinho dos Táxis

Tribunal de Justiça do Distrito Federal aumentou a condenação do conselheiro do Tribunal de Contas Manoel Paulo de Andrade Neto, o "Manoelzinho dos Táxis". Julgado por improbidade administrativa, ele foi acusado pelo Ministério Público de manipular uma auditoria sobre o trabalho de taxistas na capital em 2015.
No ano passado, a corte tinha estipulado o pagamento de uma multa equivalente a três salários que ele recebia à época dos fatos. Na decisão desta quarta-feira (21), o valor subiu para dez remunerações. Além disso, foi incluída na punição a proibição de contratar ou receber benefício do poder público pelo prazo de três anos.
Segundo a denúncia do MP, o fato de Manoelzinho ser dono de uma permissão para dirigir táxis no DF impediria o conselheiro de atuar em decisões sobre o tema. Entre 2014 e 2015, o Tribunal de Contas fez uma auditoria no setor e, para o Ministério Público, o réu usou manobras políticas para tentar suspender o processo.
G1 não conseguiu contato com os advogados de Manoelzinho. No processo, o conselheiro argumentou sobre a legalidade da participação nos julgamentos questionados, disse que “jamais escondeu a condição de permissionário do serviço de táxi, e que apresentou toda a documentação exigida por lei ao tomar posse como membro do TCDF”.
Os desembargadores, no entanto, entenderam que apenas o MP tinha razão e que, por causa da gravidade da “conduta ilegal praticada pelo conselheiro”, o valor da punição deveria aumentar.
Em um dos trechos da decisão, os magistrados afirmaram “que o procedimento administrativo somente foi devolvido e o réu declarado impedido após denúncia junto ao TCDF e publicação de reportagem nos meios de comunicação. Logo, não houve qualquer vontade própria do réu em sanar a irregularidade que ele mesmo perpetrou. Nesse contexto, a penalidade aplicada deve ser majorada”.
Manobra
O MP afirmou que Manoelzinho tentou atrasar o andamento da auditoria. Com prazo de 10 dias para analisar o processo, o conselheiro teria deixado o assunto parado por mais de um ano, até agosto passado. Foi a primeira vez que um conselheiro do Tribunal de Contas respondeu a processo por improbidade.


terça-feira, 20 de junho de 2017

CLDF Aprova, em 1º turno, projeto que cria instituto Hospital de Base

foto Minevino Junior CB/D.A. Press
Conforme as previsões governistas, os distritais aprovaram, em primeiro turno, o projeto de lei que cria o Instituto Hospital de Base (IHBDF). A sessão já dura seis horas. A composição do placar terminou com 13 votos favoráveis à proposição e nove, contrários. A proposição ainda precisa ser aprovada em segundo turno, votação que está prevista ainda para a noite desta terça-feira (20/6).
Ao fim da primeira votação, os distritais divergiram sobre o quórum necessário para a aprovação da matéria. Isso porque, segundo a Lei Orgânica, projetos que fazem menção a isenções fiscais têm de ser aprovados por quórum qualificado (16 votos) - a aprovação em primeiro turno ocorreu por maioria simples, ou seja, exigia metade dos presentes mais um.

Contudo, o presidente da Casa, Joe Valle (PDT), disse que, como o tema estava mencionado na liminar indeferida pela desembargadora Ana Maria Duarte Amarante, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), esse ponto deve ser observados apenas após a publicação, por meio de ação direta de inconstitucionalidade. 
  
Por três horas, os parlamentares debateram pontos relativos à proposta e lavaram roupa suja em relação a temas polêmicos, como o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde e a Operação Drácon.
Dezenas de sindicalistas acompanharam a votação da galeria do plenário e do lado de fora da Casa, por meio de telões que realizaram a transmissão ao vivo. A movimentação dos funcionários foi tão grande que o Legislativo local teve de distribuir senhas para o acesso ao interior da Câmara.  

Ajustes 

Logo depois das discussões iniciais, os distritais iniciaram a votação do projeto, cujo texto recebeu alterações em relação ao original. A deliberação começou com a análise das 28 emendas de Plenário. 

Entre os ajustes aceitos pelos distritais, há mudanças relativas à contratação de pessoal. A emenda do distrital Júlio Cesar (PRB) determina que, no momento de primeira admissão, até 30% das vagas seja destinada aos aprovados em concursos públicos da Secretaria de Saúde. A contratação não prejudica uma posterior nomeação como servidor público. 

Conforme prevê o projeto enviado pelo Executivo local, o Instituto realizará contratações de celetistas. Ou seja, os profissionais admitidos após o cumprimento da nova legislação, serão contratados sob o regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e, não, sob as diretrizes da lei que trata do funcionalismo.

Costuras

Para barrar a votação, o oposicionista Raimundo Ribeiro (PPS) chegou a apresentar um requerimento, cujo conteúdo requisitou pleitos em separado para cada artigo da proposição e emendas à proposta. O colegiado negou o pedido por 14 votos a 7. 

Esse, aliás, não foi o único movimento do parlamentar. Junto a Celina Leão (PPS) e Wellington Luiz (PMDB), ele impetrou mandado de segurança na Justiça para suspender a sessão de hoje. A desembargadora Ana Maria Amarante negou a liminar. 

À sessão, compareceram figuras importantes da política local, como o Secretário de Saúde, Humberto Fonseca; a ex-vice-governadora Arlete Sampaio (PT); a deputada federal Erika Kokay (PT); e a ex-distrital Maninha (PSol).

Vej

quinta-feira, 15 de junho de 2017

TCDF vai apontar os Responsáveis por prejuízos na obra Mané Garrincha

Tribunal de Contas vai apontar responsáveis por prejuízos na obra do Mané Garrincha

Publicado em CB.Poder
Ao analisar os prejuízos provocados na primeira etapa da construção do estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, o Tribunal de Contas do DF vai analisar auditoria elaborada pelo corpo técnico que inclui uma matriz de responsabilização, com o nome de vários gestores e seus respectivos erros. Serão analisadas irregularidades no período de julho de 2010 a junho de 2011. Entre os responsáveis pelo prejuízo de R$ 67,7 milhões apontados pela equipe de auditores estão ex-presidentes da Novacap, como Juvenal Batista Amaral, Nilson Martorelli, Maurício Canovas e Celso Roberto Machado Pinto, e os ex-presidentes da Terracap Marcelo Piancastelli, Dalmo Alexandre Costa, Antônio Lins e Maruska Lima.

Executores do contrato, fiscais e responsáveis pela obra também estão lista. Entre os incluídos na responsabilização, Maruska e Martorelii (fotos) foram presos na Operação Panatenaico, ocorrida em 23 de maio, relacionada a denúncias de corrupção na obra do Mané Garrincha. O consórcio, formado pelas empresas Andrade Gutierrez e Via Engenharia, também é relacionado na matriz. Previsto para começar na última terça-feira, o julgamento da auditoria foi suspenso a pedido da defesa do consórcio e deve ser retomado em 27 de junho. O relator do caso é o conselheiro Manoel de Andrade.

Fora da auditoria
Presos na Operação Panatenaico, os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) não aparecem na matriz de responsabilização elaborada pelo corpo técnico do Tribunal de Contas do DF, na primeira etapa da auditoria no estádio Nacional Mané Garrincha. Mas o nome deles surgiu na delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez.

Grua superfaturada
Grua estádio Mané
Crédito: Aureliza Corrêa
A auditoria do Tribunal de Contas sobre o Mané Garrincha mostrou como um detalhe pode resultar num supefaturamento gigante. A Novacap, por exemplo, atestou que uma grua de 90 toneladas com insumos para a obra pesava 96 mil toneladas, um erro multiplicado por mil. Só neste item, o sobrepreço foi de R$ 1,37 milhão. Também houve pagamentos por andaimes que não estavam sendo usados.

Longo caminho até o Mané
Outro ponto que chama a atenção na auditoria do Mané Garrincha: o custo médio do aluguel de um caminhão munck foi de R$ 15.245,53, quando deveria ter sido de R$ 75,00. O cálculo deve levar em conta a distância percorrida até a obra. Pelo valor pago, o caminhão deveria ter rodado 10 mil km até chegar ao estádio. Mas os veículos eram do Distrito Federal.