A Polícia Militar
invadiu, na manhã de ontem, o Torre Palace Hotel para concluir a desocupação do
prédio. A operação, que começou por volta das 6h30 e durou pouco mais de meia
hora, contou com a participação de cerca de 200 homens do Batalhão de Choque (BPChoque)
e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), auxiliados por dois helicópteros e
pelo Corpo de Bombeiros. O clima era de tensão: enquanto alguns policiais
desceram de helicóptero para entrar pelo terraço do edifício, outros entraram
no local pela parte de baixo, derrubando as barreiras montadas pelos
manifestantes nas escadas. Bombas de efeito moral e armas não letais foram
utilizadas. No total, 16 pessoas foram retiradas do prédio, entre elas quatro
crianças. Alguns dos ocupantes resistiram atirando tijolos, pedras e telhas em
direção ao helicóptero e nos policiais. Além disso, um princípio de incêndio
foi provocado no terraço.
Há cinco dias, a Secretaria de Segurança Pública havia iniciado uma negociação com os ocupantes para que eles deixassem o prédio pacificamente. De acordo com a secretária da pasta, Márcia de Alencar Araújo, a decisão de invadir o prédio foi tomada após o esgotamento das negociações, às 22h de sábado. Os titulares das forças de segurança pública estavam reunidos no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) e acompanharam a operação. “Nós tínhamos um planejamento pronto. Monitoramos os passos da operação, que aconteceu no tempo padrão”, disse.
Há cinco dias, a Secretaria de Segurança Pública havia iniciado uma negociação com os ocupantes para que eles deixassem o prédio pacificamente. De acordo com a secretária da pasta, Márcia de Alencar Araújo, a decisão de invadir o prédio foi tomada após o esgotamento das negociações, às 22h de sábado. Os titulares das forças de segurança pública estavam reunidos no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) e acompanharam a operação. “Nós tínhamos um planejamento pronto. Monitoramos os passos da operação, que aconteceu no tempo padrão”, disse.
Precaução
No início da tarde, um muro começou a ser erguido até o primeiro andar do hotel para garantir a preservação do local. O trabalho foi feito pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), com tijolos cedidos pela Novacap. A Polícia Militar está responsável pela segurança do local, e garante que o policiamento será mantido na área. Posteriormente, ficará a cargo dos proprietários do hotel.
“A recomendação pessoal do governador é a de proteger a vida das pessoas, e é por isso que a força que será usada na nossa gestão será a do diálogo e a do convencimento”, disse Márcia de Alencar, durante entrevista coletiva de todos os órgãos envolvidos na operação. “A ação ocorreu porque os sem-teto usaram crianças como escudo. Isso é errado, oportunista. Dessa maneira, tivemos que reagir”, afirmou.
O diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Eric Seba, comentou a prisão dos invasores do hotel. Alguns deles integram o Movimento Resistência Popular (MRP). “Foram presos porque estão envolvidos em situações fora da lei. Isso não é um movimento social que está sendo criminalizado, e sim um movimento criminoso sendo socializado”, disse. Em dezembro do ano passado, o líder do movimento, Edson Silva, que estava na ocupação do Torre Palace Hotel, já havia sido preso acusado de extorquir famílias de baixa renda. Todos os detidos ontem serão apresentados ao núcleo de custódia nesta segunda-feira. A Secretaria de Saúde também vai começar a refazer a parte sanitária da operação hoje. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) passou o dia recolhendo lixo no local.
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