Mulher, que é consciente e não precisa da ajuda de aparelhos
para se manter, vive em um quarto e passa a maior parte do tempo ouvindo rádio.
Mulher, que é consciente e não precisa da ajuda de aparelhos
para se manter, vive em um quarto e passa a maior parte do tempo ouvindo rádio.
Reprodução/TV Record Brasília
A paciente Karen Margareth de Oliveira, de 54 anos anos,
mora há 33 anos no Hospital de Base de Brasília. Ela foi abandonada pela
família, que passou sua tutela para o Estado. A última visita que ela recebeu
foi registrada no ano de 2008. A mulher, que é consciente e não precisa da
ajuda de aparelhos para se manter, vive em um quarto, no quinto andar do prédio
e passa a maior parte do tempo ouvindo rádio.
Karen chegou ao hospital após um parto cesariano, feito em
1979. Ela teve complicações na cirurgia e foi internada. Ela permanece na
unidade ininterruptamente há 33 anos. A mulher teve uma parada cardíaca, passou
por mais operações, perdeu o movimento dos braços e das pernas e ficou com a
musculatura atrofiada. Na época, a família pediu na Justiça que o Estado
ficasse responsável pelos cuidados com a mulher. O pedido foi aceito
judicialmente.
Em casos de pessoas sem perspectivas de cuidar de si
próprias durante toda a vida, a Justiça determina que deve haver um curador,
que passa a ser um responsável legal, como explica Fábio de Sá, da Comissão de
Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Leia mais notícias do R7 DF
A TV Record Brasília recebeu imagens da mulher que vive no
hospital há três décadas. Por telefone, a reportagem procurou o responsável
legal, que disse que não poderia atender.
Segundo o integrante da comissão da OAB, caso o curador de
Karen não seja localizado, ele pode ser condenado por abandono de incapaz.
A Secretaria de Saúde do DF informa que não pode dar
detalhes sobre o caso por questões judiciais e confirmou que Karen está no
hospital desde 1979.
Nenhum comentário:
Postar um comentário