Moreira de Souza, 18 anos, era técnica de enfermagem
Uma jovem de 18 anos foi
encontrada morta na tarde do último domingo (26/2), após ter sido dada como
desaparecida pela família. O corpo, que só foi identificado um dia depois, é da
técnica de enfermagem Talita Moreira de Souza. Segundo o boletim de ocorrência
registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a moça estaria
desaparecida desde as 6h de domingo.
O corpo de Talita foi encontrado em
um matagal próximo à estrada que dá acesso ao acampamento Chico Mendes, em
Samambaia. Ainda de acordo com a ocorrência, não havia documentos próximo à
vitima, apenas uma nota de R$ 10 no bolso da calça que usava. Ela estava com um
saco na cabeça e foi assassinada com um corte na garganta.
A morte da jovem causou comoção nas
redes sociais. Na página pessoal de Talita no Facebook, amigos e parentes
prestaram solidariedade e postaram mensagens de indignação. "Moça linda,
que teve seus sonhos interrompidos de uma forma tão cruel, que Deus conforte o
coração de toda família e que quem fez isso pague”, lamentou um deles.
O caso é investigado na 32ª Delegacia
da Polícia (Samambaia Sul). Segundo a PCDF, o ex-namorado de Talita é o
principal suspeito, mas a corporação acredita que outras pessoas possam estar
envolvidas no crime. Os dois mantiveram um relacionamento por dois anos e o
homem, segundo informações dadas pela mãe em depoimento à polícia, não aceitava
o fim do relacionamento e era tido como uma pessoa ciumenta.
Talita teria saído de casa por volta
das 6h de domingo em direção ao trabalho. Ela atuava como profissional de saúde
em um hospital particular no fim da Asa Norte. Preocupada porque a filha não
voltou para casa após o plantão, das 7h às 19h do domingo, a mãe registrou
ocorrência do desaparecimento no mesmo dia à noite. Nesse momento, a mulher não
sabia que o corpo localizado era o da filha, porque a jovem estava sem
documentos.
Segundo consta no registro da Polícia
Civil, a chefe de Talita contou à mãe que a jovem sequer chegou à unidade de
saúde no dia do desaparecimento. A ocorrência do desaparecimento foi
registrada, então, na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas). Mais tarde,
a vítima foi reconhecida por familiares no Instituto de Medicina Legal (IML).
O delegado-chefe da 32ª DP, Júlio
César de Oliveira Silva, responsável pelo caso, explicou que policiais
conduziram o ex-namorado da vítima para prestar depoimento ainda no domingo.
Segundo o investigador, ele negou participação no crime. “Estamos na fase de
colher elementos para fundamentar os trabalhos. Em razão das ameaças que ele
fazia à vítima, há indícios de que ele possa ter participação no crime, mas
dificilmente uma pessoa participou desse ato sozinha”, ressaltou. Segundo ele,
as características do crime levam a crer que o ato tenha sido cometido em outro
local e que o corpo tenha sido levado às margens da BR-060 posteriormente.
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