terça-feira, 24 de maio de 2016

Nota de Repúdio



Em entrevista ao Correio, o diretor do HRSAM, Luciano Gomes Almeida, confirmou a existência da carta, mas ressaltou que o documento não passou por sua aprovação. O diretor destacou ainda ser contra o fim da parceria com a UnB. Almeida reconheceu, porém, que terá dificuldade para manter os estudantes: "O professor da UnB que deveria acompanhar os alunos nunca compareceu aos plantões. O trabalho era, então, monitorado por médicos do próprio hospital. Como eles tomavam conta dos alunos, mesmo sem ser contratados pela universidade, eu não posso obrigá-los a continuar recebendo os alunos".

Segundo o diretor, o caso será enviado à corregedoria do hospital. Ele fez questão de ressaltar que nunca tomou conhecimento de nenhum caso de violência obstétrica. "O hospital é, inclusive, muito elogiado pelos partos."

A Faculdade de Medicina da UnB disse que vai aguardar retorno de férias do coordenador de ginecologia-obstetrícia do internato para tentar esclarecer o caso. 

O coordenador de Graduação da Faculdade de Medicina, Ricardo Martins, considerou equivocada a atitude do estudante de prestar denúncia diretamente ao MPF, sem informar a universidade. “Nós fomos atropelados por essa decisão. A pessoa – que nós nem podemos confirmar se é aluno da UnB, porque o caso corre em sigilo – tem todo o direito de prestar a denúncia se viu algo que considera errado. O problema foi ter se identificado como aluno, sem, ao menos, nos comunicar”, criticou.
 
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