Os policiais civis do Distrito Federal decidiram
em assembleia realizada nesta terça-feira (22) encerrar a greve por isonomia
salarial com a Polícia Federal, iniciada no dia 1º de setembro. A categoria
também pedia a convocação de 450 aprovados em concurso.
A greve foi considerada
ilegal pela Justiça desde o dia 3 de setembro, após pedido do governo do DF.
“Nós entendemos que agora é o momento de fazer uma articulação política maior junto ao governo. Nesta mobilização de 22 dias nós percebemos que conseguimos abrir algumas portas e queremos aproveitar o momento para articular”, afirmou o presidente do Sinpol, Rodrigo Franco.
“Nós entendemos que agora é o momento de fazer uma articulação política maior junto ao governo. Nesta mobilização de 22 dias nós percebemos que conseguimos abrir algumas portas e queremos aproveitar o momento para articular”, afirmou o presidente do Sinpol, Rodrigo Franco.
O dirigente sindical disse
que os policiais devem voltar ao trabalho ainda nesta terça-feira. “A gente
mostrou para a sociedade e para o governo que a polícia está unida e forte. Nós
podemos voltar a qualquer momento e com maior intensidade, mas hoje, a partir
de agora todos estarão trabalhando normalmente.”
O policial civil Jackson
Alves afirmou que as condições de trabalho nas delegacias não são as ideais.
“Nosso efetivo está defasado. Onde eu trabalho são só três policiais. Os
coletes são só para quem está de plantão. A gente precisa de um plano de
carreira , uma reposição salarial. Minha qualidade de vida caiu em casa e no
trabalho.”
A categoria havia se reunido com representantes do GDF na última quinta-feira (17). No dia seguinte, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol) recebeu um documento do governo pedindo "compreensão" pela situação financeira do governo e "confiança" para superar a crise.
Trabalho reduzido
O atendimento ficou restrito em todas as delegacias durante o período de paralisação. Apenas flagrantes e denúncias de crimes considerados graves – como homicídio e estupro – foram registrados. Cartazes foram afixados nas mais de 30 unidades, informando a situação. Os estabelecimentos trabalharam com 100% do efetivo, mas mantendo 70% só da produção.
A categoria havia se reunido com representantes do GDF na última quinta-feira (17). No dia seguinte, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol) recebeu um documento do governo pedindo "compreensão" pela situação financeira do governo e "confiança" para superar a crise.
Trabalho reduzido
O atendimento ficou restrito em todas as delegacias durante o período de paralisação. Apenas flagrantes e denúncias de crimes considerados graves – como homicídio e estupro – foram registrados. Cartazes foram afixados nas mais de 30 unidades, informando a situação. Os estabelecimentos trabalharam com 100% do efetivo, mas mantendo 70% só da produção.
Os flagrantes foram
registrados apenas nas sete principais unidades: 1ª DP (Asa Sul), 5ª DP (Asa
Norte), 13ª DP (Sobradinho),
20ª (Gama),
21ª (Taguatinga),
23ª (Ceilândia)
e 27ª (Recanto das Emas).
A categoria pedia que
critérios para transferências internas dentro da própria carreira fossem melhor
definidos. Em média, policiais civis em início de carreira recebem R$ 7,5 mil
no DF. “A categoria está muito insatisfeita. Nossa última reestruturação foi em
2006. Estamos com prejuízo salarial de 50%”, afirmou o presidente do Sinpol,
Rodrigo Franco.
O GDF informou não ter como convocar os aprovados em concurso por ter extrapolado a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dados da Polícia Civil apontam que a corporação tem um déficit de 47% no efetivo, que não seria resolvido nem com a convocação de todos os aprovados e a contratação do previsto nos certames em andamento.
O GDF informou não ter como convocar os aprovados em concurso por ter extrapolado a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dados da Polícia Civil apontam que a corporação tem um déficit de 47% no efetivo, que não seria resolvido nem com a convocação de todos os aprovados e a contratação do previsto nos certames em andamento.
A instituição conta
atualmente com 4,7 mil membros, quando o estipulado em 2013 pela Presidência da
República, que repassa verba à segurança pública do DF por meio do Fundo
Constitucional, deveria ser 8.969 servidores. O número também é menor do que o
preconizado por lei distrital de 1993, que determinava em 5.940 o número de
servidores naquele ano para atender a população de então 1,6 milhão de
habitantes.
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