Um taxista do Distrito Federal foi preso na noite do último
sábado (2), em Valparaíso-GO, após estuprar uma mulher nas proximidades do
Aeroporto de Brasília. Segundo a delegada-chefe da Delegacia de Atendimento à
Mulher (Deam), Ana Cristina Santiago, o suspeito afirmou que cometeu o crime porque
“queria um carinho”.
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"Ele dizia à vítima que não iria matá-la, queria apenas
um momento de carinho", afirmou a delegada.
Ao ser apresentado aos jornalistas, Cléber Caitano dos
Santos, 32, confessou o crime. Ele disse que estava sob efeito de álcool e
cocaína. “Usei drogas antes do crime. Cometi um erro, mas vou cumprir. Me
arrependo do fiz.”
Segundo a delegada, Santos não trabalha em nenhuma empresa
cadastrada e atende passageiros a partir de aplicativos de taxis.
De acordo com a polícia, o suspeito abordou a vítima de 31
anos na parada de ônibus em frente ao Aeroporto JK. Ele ofereceu um serviço de
“lotação” - com valor exato para um determinado lugar, mais barato do que o
táxi.
Em depoimento, a vítima afirmou que Santos chegou que as
portas estavam travadas e em seguida fez ameaças com uma arma e a obrigou a
tirar a roupa enquanto parava o carro na Estrada Parque Dom Bosco (EPDB), ainda
nas proximidades do aeroporto. Ela disse que permaneceu com o taxista entre
18h30 e 22h30.
A delegada afirma que a vítima foi abusada mais de uma vez.
“Ela foi forçada a fazer sexo oral e anal com o taxista mais de uma vez. Entre
os abusos, ele contava detalhes de sua vida e até mesmo seu apelido.” As
informações relatadas à mulher possibilitaram que a polícia localizasse Santos.
Usei drogas antes do crime. Cometi um erro, mas vou cumprir.
Me arrependo do que fiz"
Após ser violentada, a vítima foi deixada perto de um motel
na entrada de Valparaíso e procurou a Polícia Militar de Goiás e a Deam.
Segundo Ana Cristina, Santos foi detido em casa, e a esposa dele sabia do
estupro. “Ao prestar depoimento, a esposa de Santos deu muitos detalhes do
crime, não deixando dúvidas de que foi ele mesmo quem cometeu.”
A delegada orienta que os usuários do táxi prefiram os
serviços de empresas cadastradas junto ao GDF. “Temos vários casos desse tipo
envolvendo motoristas piratas. É sempre bom que o passageiro procure ligar para
as empresas, pois lá há o registro de quem fez a viagem, aumentando a sua
segurança.”
De acordo com o Sindicato dos Permissionários de Taxi e
Motoristas Auxiliares do DF (Sinpetaxi), Santos tem a concessão autorizada de
motorista auxiliar e terá a autorização cassada assim que o sindicato for
notificado oficialmente sobre o envolvimento dele no crime. O sindicato também
informou que o trabalho de renovação da autorização é anual e que é trabalho da
Secretaria de Mobilidade verificar se o candidato a taxista tem antecedentes
criminais.
A Secretaria de Mobilidade informou que para renovar a
concessão o taxista ou motorista auxiliar deve apresentar uma certidão de nada
consta. Segundo a pasta, Santos entrou na Justiça em 2013 e conseguiu uma
autorização da 4ª Vara de Fazenda do TJDF para renovar a concessão como
motorista auxiliar.
O suspeito vai responder pelo crime de estupro consumado e
pode pegar seis anos de prisão. Ele já tem passagens por tentativa de homicídio
e roubo. A Polícia Civil não soube informar o motivo de ele estar solto.
Táxi que era dirigido por suspeito de estuprar
passageira perto do Aeroporto JK, em Brasília
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