Foto Nonato Borges, Hoje pela Manhã Os garotos do Samambaia derrotaram o Time do Penharol do Gama por 2 x 1 e conquistaram o Titulo da categoria Infantil. Foi uma festa bonita realizada pela Federação de Futebol do DF, FICHA TÉCNICA
Penharol 1×2 Samambaia (Infantil)
Local: Estádio Mané Garrincha
Horário: 09h
Arbitragem: Maguielson Lima (J), Mateus Felipe (A1) e Adailton Borges (A2)
Cartões Amarelos: Lila (Penharol) e Dedê (Samambaia)
PENHAROL: Tiago; Rian, Mateus, João Pedro e Erick; Chaves, Wendell, Lila e Lucas; João Vitor e Warlem
Técnico: Danilo
SAMAMBAIA: Isaque; Joãozinho (Lucas), Mikael, Erick e Kelvin; Guilherme, Reinaldo (Marcos), Luizinho (Marcos Vinícius) e Jefinho; Jean (Davi) e Dedê
A Polícia Civil procura por um trio suspeito de cometer um assalto e atropelar uma pessoa na manhã desta terça-feira (12/12), em Samambaia Sul. De acordo com informações da corporação, primeiramente o grupo abordou um rapaz que caminhava por uma via e roubou diversos objetos dele. Depois, no momento da fuga, os três acabaram atropelando um homem que caminhava pela região.
Os casos ocorreram por volta das 8h, no Conjunto 1 da QS 118. Segundo relatos da primeira vítima, ele caminhava quando os três homens desceram de um Volkswagen cinza e anunciaram o assalto. Um deles estava armado e ameaçou a vítima. Além de três celulares e aliança da vítima, os criminosos também levaram um relógio e uma pulseira de prata.
Depois de cometer o crime, os assaltantes atropelaram um homem que caminhava pela mesma quadra durante a fuga. Segundo consta na ocorrência, um sargento da Polícia Militar ajudou a fazer os primeiros socorros da vítima. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encaminhou a vítima para o Hospital Regional de Samambaia (HRSam).
O caso é investigado pela 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul). Até o momento, nenhum dos suspeitos foram presos.
Quatro pessoas foram presas em uma operação conjunta das polícias federal e militar acusadas de roubo com restrição de liberdade, receptação e formação de quadrilha. As prisões ocorreram por volta das 18h deste sábado (9/12), na Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Samambaia. De acordo com a polícia, o grupo está envolvido com roubo interestadual de carga. A polícia encontrou os criminosos e 30 toneladas de produtos roubados em um galpão. Entre as mercadorias, estavam itens de higiene pessoal e alimentícios.
Os materiais roubados eram de uma região que fica entre Brasília e Alexânia (Goiás). Segundo investigações da Polícia Federal, um dos presos chegou a auxiliar em um assalto contra um caminhoneiro na semana passada.
Ainda de acordo com as corporações, o grupo criminoso roubava as cargas mais valiosas. Além dos produtos de limpeza e alimentos, os criminosos tinham o hábito de procurar cargas de eletroeletrônicos e remédios.
A ocorrência foi registrada na delegacia da superintendência da Polícia Federal.
Uma dupla foi presa pela Polícia Militar após assaltar passageiros
dentro de três ônibus em Samambaia, na segunda-feira (4/12).
Segundo informações da PM, uma equipe do Grupo Tático Operacional (GTOP 31)
patrulhava a cidade quando foi
informada sobre os dois homens que haviam acabado de assaltar três coletivos. De posse das características dos suspeitos, os
policiais realizaram a abordagem e os homens acabaram reconhecidos pelas
vítimas. Um deles já havia sido detido recentemente pela mesma prática de
crime.
Um homem, de 43 anos, morreu na
madrugada desta quarta-feira (6/12), após se chocar com seu carro em uma
árvore, na altura do Km 5 da BR-060, rodovia que liga Brasília a Goiânia (GO),
nas proximidades do Restaurante Comunitário de Samambaia.
Segundo a Polícia Rodoviária
Federal (PRF), a vítima dirigia sozinha, quando perdeu o controle do veículo
que conduzia, um VW Voyage, invadiu o acostamento e bateu em uma árvore.
O homem morreu na hora. Os
agentes da PRF sinalizaram o local a fim de orientar os condutores que
trafegavam. Não houve registro de congestionamento.
Esse trecho é conhecido por ser de alta periculosidade. O
índice de acidentes na BR-060, principalmente na altura do restaurante do GDF,
é constante.
Devido a supostas irregularidades no concurso de 2004 para o preenchimento de vagas no cargo de delegado de Polícia Civil do Distrito Federal, a 5ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do DF condenou por improbidade administrativa o deputado federal Laerte Bessa (PR), à época chefe da instituição. De acordo com as ações propostas pelo distrital Chico Leite (Rede) e pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), professores vinculados a cursos preparatórios participaram da elaboração das questões do certame como integrantes da banca examinadora, condição vedada pelo edital. Notificado sobre a fraude, Bessa não teria adotado providências.
Proferida pela juíza Natacha Raphaella Monteiro Naves, em 28 de novembro, a sentença ainda implica outras três pessoas: o delegado e ex-chefe de Polícia Civil adjunto João Rodrigues dos Santos e os também delegados Silvério Antonio Moita e Benito Augusto Galiani. Em resposta à notificação entregue a Laerte Bessa, os três, que participaram da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização dos Concursos e, portanto, deveriam apurar as inconsistências, classificaram as suspeitas como “meros boatos”.
Apesar da alegação, o MPDFT destaca que dois examinadores que lecionavam em cursos preparatórios para carreiras jurídicas foram afastados da banca responsável pelo certame. Ainda assim, as questões por eles formuladas não foram alteradas, “ante ausência de tempo hábil”. Isso porque a data da substituição dos profissionais — 2 de dezembro de 2004 — seria a mesma em que aconteceram as impressões das provas objetivas. O órgão ainda aponta a constatação de ao menos 13 examinadores vinculados aos cursinhos.
Nos autos da ação, Laerte Bessa defendeu que a substituição dos docentes aconteceu, por prudência, após ele ter encaminhado à banca examinadora uma solicitação de informações acerca dos membros da entidade que seriam professores em cursos preparatórios. Assegurou, ainda, que as questões por eles elaboradas foram substituídas.
“Inércia”
Para a magistrada Natacha Raphaella, a previsão do edital que vedava o vínculo entre professores de cursos preparatórios e a banca examinadora visava “garantir a lisura e moralidade do certame público”. “Os requeridos, a despeito de conhecerem o impedimento editalício da participação dos referidos examinadores, permaneceram inertes e se limitaram a acatar os esclarecimentos prestados pela instituição organizadora, sem adotar diligências para fins de verificar a veracidade das informações e, dessa forma, assegurar a lisura do concurso público”, apontou.
As ações ainda identificaram outras máculas no concurso, como a repetição de exames anteriores realizados pela instituição organizadora e o direcionamento de questões extraídas de obras jurídicas específicas, o que “configuraria violação ao princípio de impessoalidade”. A juíza, contudo, considerou as alegações improcedentes. “Não cabe ao Poder Judiciário imiscuir-se nos critérios adotados pela banca para aplicação e correção das provas, ao passo que se trata de ato administrativo discricionário, restrito à análise judicial”, ponderou.
Pelas irregularidades ratificadas, a juíza condenou os réus à suspensão dos direitos políticos por três anos e à proibição de contratar com o poder público por igual período. Conforme a sentença, Laerte Bessa, Silvério Antônio e Benito Augusto terão de pagar o valor da remuneração recebida à época multiplicada por 20. João Rodrigues dos Santos deve pagar o equivalente aos vencimentos vezes 30. Cabe recurso da decisão e as penas somente são aplicadas após o trânsito em julgado do processo.
“Atrás de bandidos”
Ao Correio Laerte Bessa afirmou que, à época, a equipe de fiscalização do concurso adotou as medidas cabíveis para coibir quaisquer irregularidades. “Sei que fizemos a coisa certa. Eu tinha uma assessoria muito boa, que coordenou todo o concurso. À época, eu tinha que correr atrás de muitos bandidos e eles ficavam à frente dessas questões. Ou seja, apenas endossei o que fizeram. Mas tenho certeza que seguimos o rito necessário”, afirmou.
A reportagem não conseguiu contato com os demais réus. Nos autos do processo, Silvério Antonio e Benito Augusto contestaram as acusações e frisaram que “o inquérito policial instaurado para apurar o fato relacionado como fraude ao concurso público foi arquivado”. João Rodrigues também alegou que a condução do certame seguiu as previsões editalícias.
Filhos de diretor fizeram prova
Fizeram as provas para delegado de polícia os dois filhos do ex-chefe adjunto da Polícia Civil e integrante da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização dos Concursos, João Rodrigues dos Santos. O edital vedava a participação nas comissões “de parentes consaguíneos ou afins até 3º grau de candidatos inscritos”.
Rodrigues acompanhou a impressão das provas e um dos filhos dele passou no exame objetivo, mas foi reprovado na segunda fase. Nos autos, o ex-chefe adjunto afirmou que “não houve contato direto com o conteúdo das provas, limitando-se à visita do local para tomar conhecimento das instalações físicas e dos procedimentos de segurança”. Ele afirmou que não desrespeitou o edital, “haja vista que não integrou a Comissão do Concurso, e sim a Comissão para o Acompanhamento e Fiscalização da Execução dos Concursos Públicos com atribuições para fiscalizar, acompanhar, esclarecer dúvidas, sugerir, trocar informações e tudo mais fazer para o bom andamento (...)”.
Para a juíza Natacha Naves, porém, “não há dúvidas do elemento subjetivo do referido ato de improbidade administrativa, uma vez que o referido servidor deveria ter se afastado da comissão, assim como reconhecido o seu impedimento em atuar na fiscalização de concurso público no qual há concorrência de dois dos seus filhos”.
Foto Nonato BorgesFalta
de conscientização, educação e de civilidade se tornaram uma marca entre alguns
moradores da cidade. E não é um ‘privilégio’ só de pessoas de quadras
populares. No Setor de Mansões de Taguatinga mau costume já ocorre há anos
As placas de proibição
colocadas em áreas verdes espalhadas pela cidade não inibem a ação dos sujões.
Pela quantidade de lixos e entulhos jogadas nesses locais, tudo indica que a
prática já é corriqueira, como se fosse a coisa mais normal jogar lixo em áreas
públicas, que deveriam ser cuidadas e preservadas, num ato de civilidade por
parte de quem deveria ser o primeiro a zelar pela cidade em que mora.
Um dos exemplos flagrados
pela reportagem do Tribuna de Samambaia podem ser visto na QN 405 e na QR
407.Nesses locais, no primeiro caso, em frente ao conjunto 21, lixo de todo
tipo e restos de construção são amontoados, enfeando o que deveria ser uma
praça bem-cuidada. A menos de 100 metros dali, outro depósito de entulhos e
lixos podem ser constatados no conjunto 12 da 407., totalmente ignorando as
placas de proibição colocadas pela administração da cidade.
Na área verde que separa
Samambaia de Taguatinga Sul (SMT), a grande extensão dessa área já virou parte
da paisagem a presença de entulhos. A falta de educação de alguns moradores do
Setor de Mansões de Taguatinga – uma área nobre de residências luxuosas – é
crônica. Não é de agora que os sujões e mal-educados fazem do local seus
depósitos de descartes.
O descaso de alguns
moradores desse setor não se detém diante de piquetes postos previamente para
tentar evitar a subida do meio-fio de carros carregando reboques levando
entulhos, os quais desviam dos obstáculos subindo por outro local. Muito menos
as placas de proibição inibem a ação. O lixo e o descarte de entulhos continuam
a ser jogados na área verde. Isso já vem de longe. A reportagem já flagrou por
diversas vezes pessoas saindo do SMT com carrinho de mão cheio de descarte de
obra ou de veículos equipados de reboques atulhados de restos de construção
para jogar na área verde vizinha às suas moradias.
A festa será realizada nos dias 2 a 10 de dezembro de 2017 junto com o Cerco de Jericó.
Serão oito dias de muita oração e louvor com missas às 19 horas.
Durante a semana teremos a presença dos seguintes sacerdotes:
Pe Carlos Alexandre,
Pe Vanilson (exorcista de Brasília),
Pe Roger da Canção Nova,
Dom José Aparecido (Bispo Auxiliar),
Frei Alexandre,
Pe Moacir Anastácio (Pentecostes),
Pe Lucas, Frei Hoslan e Padre Diniz.
Além disso, todos os dias, teremos a presença de várias atrações musicais para animar a festa, barraquinhas com artigos religiosos e comidinhas especiais.
Na sexta (8) teremos a apresentação de Álvaro e Daniel.
No sábado (9), a música fica por conta da banda “Eu, a viola e Deus”.
E no domingo (10), para fechar com chave de ouro, a grande dupla que está encantando o Brasil: DDD “Doidinho de Deus” da Comunidade Obra de Maria.
A semana será muito abençoada! Vamos rezar com afinco pelas famílias. Seja qual for seu problema, vamos suplicar a graça da cura e da libertação de nossos lares.
Serão oito dias de grande clamor: "Se eu orar, se eu clamar, as muralhas não resistirão ao poder de meu Deus"
O Presidente da Cooperativa Renove de
Resíduos Sólidos de Brasília – CRRSB, inscrita
no NIRE: 53400010066 e CNPJ: 21.097.307/0001-22,
no uso das atribuições conferidas pelo Artigo 29º convoca os senhores
cooperados para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada
na Avenida das Nações, L4 Sul, s/n – Usina do SLU, Brasília/DF – refeitório da
Cooperativa Renove), no dia 03/11/17 em primeira
convocação às 9:00 horas, com a presença de 2/3
dos cooperados, em segunda convocação às 09:30
horas, no mesmo dia e local, com a presença de metade mais um, do número total
de cooperados, e persistindo a falta de quórum legal, em terceira e última
convocação, às 10:00 horas, com a presença
mínima de 10 cooperados, a fim de deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA:
I -
Alteração Estatutária
II – Eleição de Conselho Fiscal
NOTA: Para efeito de quórum, declara-se
que o número de cooperados em condições de votar nesta data é de 2/3 dos cooperados presentes.
As chuvas do fim de setembro e início de outubro não aliviaram o calor nem afetaram o nível dos reservatórios do Distrito Federal. Mais que isso, o Instituto Nacional de Meteorologia decretou estado de alerta. A previsão é de temperaturas na casa dos 33°C e umidade a 15% nas horas mais quentes do dia até o fim desta semana. O alívio só virá depois do dia 18, mas as precipitações do mês devem ficar abaixo da média.
Tal quadro mantém a preocupação com o nível dos reservatórios de água que abastecem as torneiras do Distrito Federal. O mais importante deles, a Barragem do Descoberto, fechou esta segunda-feira (9/10) a 14,3% do volume útil e, até o fim do mês, deve chegar a 9%.
Saiba mais
O meteorologista do Inmet Mamedes Luiz Melo ressalta que, no domingo, termômetros da capital registraram a temperatura mais alta do ano. A estação do órgão registrou 32,3°C. No Gama, porém, a marca foi de 33,6°C, a mais alta de 2017. “A expectativa é continuar com sol e poucas nuvens. Só devemos ter chuva na segunda quinzena, mas estamos monitorando e atualizando as informações. O mês de outubro é o início da estação chuvosa, e as precipitações são sempre irregulares. O normal para o período é chuva média com veranico. É o mês mais propício a ondas de calor”, explica. O recorde de temperatura registrado no DF foi de 36,4°C, em outubro de 2015.
Racionamento continua
Sobre a possibilidade de as chuvas se manterem dentro do esperado até o fim de 2017, Mamedes afirma que é cedo para saber. O nível do Descoberto vem batendo recordes negativos. Se o atual ritmo fosse mantido de forma linear — algo muito imporvável de acontecer —, o reservatório secaria completamente em 51 dias.
O presidente da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), Maurício Ludovice, destaca que as obras de interligação das barragens de Santa Maria e do Descoberto e a infraestrutura de captação de água do Paranoá, que já está ativa, e a do Bananal, que está em processo de obras, ajudam a aliviar o sistema.
Ainda assim, será preciso economizar muito e contar com a chuva para que o Descoberto volte a subir e inicie o período de seca de 2018 acima dos 56%. "A chuva é fundamental. Também precisamos do apoio da população. Temos um plano de contingência e não está fora de questão endurecer o sistema de rodízio", alertou.
SÃO BERNARDO DO CAMPO - No acampamento Planalto do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), onde barracos de lona cobrem uma extensa área de um terreno de 70 mil m² da Construtora MZM, em São Bernardo do Campo, região do ABC, o clima nos últimos dias é de tensão e expectativa. Depois de amanhã, quando se completa um mês da invasão, três dos cinco desembargadores da 20.ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo devem julgar a reintegração de posse determinada pelo juiz Fernando de Oliveira Ladeira, da 7.ª Vara Cível de São Bernardo. A restituição foi pedida pela dona da área e contestada pelo MTST.
MTST vai resistir a reintegração de posse no ABC
“Temos a expectativa de que a Justiça considere o fato de que esse terreno estava abandonado, sem cumprir função social por 40 anos e, portanto, que a construtora não exercia a posse”, disse nesta sexta-feira, 29, ao Estado o líder do MTST Guilherme Boulos. “E que a Justiça considere a gravidade que é determinar um despejo para mais de 7 mil famílias sem uma saída negociada.”
Para Boulos, “se a aposta, seja do Judiciário, seja do governo ou da prefeitura, for no conflito, no enfrentamento, e determinarem retirada, o despejo, sem nada, sem nenhuma solução, evidentemente pode gerar uma situação de resistência”. E emendou. “E, talvez, cinco anos depois, teremos um novo Pinheirinho no Estado”, completou Boulos, referindo-se ao episódio da desocupação de um terreno em janeiro de 2012 em São José dos Campos.
Segundo Joel dos Santos Carvalho, um dos coordenadores do acampamento, o número de famílias já chega “a 10 mil famílias”. Percorrendo as ruas improvisadas entre os barracos vazios, sob o forte sol do início da tarde de quinta-feira, ele afirmou que se trata da “maior ocupação já feita pelo MTST”. Carvalho contou que os sem-teto são de São Bernardo, mas há gente também de outros municípios. “Temos do Jabaquara, zona leste (São Paulo), Diadema e daqui”, disse.
Veja entrevista com Joel dos Santos Carvalho, um dos coordenadores do acampamento
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MTST vai resistir a reintegração de posse no ABC
Ele afirma que todos os dias os sem-teto se reúnem no fim da tarde em assembleias, e neste sábado, 30, e domingo, 1º, devem ocorrer eventos para os acampados. Carvalho, que integra o comitê de “autodefesa”, a segurança do acampamento, repete o bordão dos sem-teto de “resistir” no local e não admite uma eventual desocupação da área. Entre os acampados, muitos já temem que a decisão da 20.ª Câmara confirme o despejo.
“Nós estamos confiantes na luta”, declarou Andreia Barbosa da Silva, outra líder da organização do acampamento, avisando que as inscrições na lista do Planalto foram encerradas. Na quarta-feira, de acordo com ela, houve reunião com representantes da Construtora MZM para expor à empresa detalhes do plano de construção de habitações que o MTST administra usando o programa de financiamento Minha Casa Minha Vida (MCMV)/Entidades - Faixa 1, linha de financiamento com objetivo social muito usada pela organização dos sem-teto nos tempos do governo Dilma Rousseff, ainda em vigor na Caixa. Na Faixa 1, a Caixa subsidia o apartamento até R$ 95 mil.
Os prédios do conjunto João Cândido, em Taboão da Serra, por exemplo, já habitados por militantes do MTST, são um modelo do tipo de construção coordenada pelo movimento. Há ainda o acampamento Copa do Povo, na zona leste de São Paulo, com 2.670 unidades, cuja construção está prevista para ser iniciada em dezembro, além do empreendimento Pinheirinho do ABC, em Santo André, com outros 930 apartamentos. “Nós organizamos os trabalhadores sem-teto que precisam de moradia”, disse Andreia. “São pessoas desempregadas, 90% aqui mesmo do município”, acrescentou.
Para o advogado João da Costa Farias, da MZM, porém, não há a mínima hipótese de negócio da área com o MTST. “Não há nenhum acordo com eles e não há nenhuma chance de negociar a área com eles”, afirmou. “A empresa espera que se cumpra a lei e haja a reintegração de posse do terreno”, declarou o advogado.
Ele disse ainda que “já há planos de construção de várias torres para o terreno”. De acordo com o representante da MZM, “eles (os sem-teto) ficam aí espalhando que a Caixa pode comprar, mas isso está afastado, sem chances”, insistiu. De acordo com o advogado, o terreno da MZM está no meio de uma disputa política entre líderes locais do município.
‘É uma ocupação política’, avalia morador vizinho
“É uma invasão política”, diz o consultor de tecnologia Marcos Pasin, que mora em uma das torres do condomínio existente ao lado da invasão. Ele é integrante do Movimento Contra a Invasão em São Bernardo (MCI), criado por vizinhos da área da MZM que temem a desvalorização dos imóveis e acompanham o crescimento do acampamento pela janela.
Pasin afirmou que os colegas do MCI acompanham também o andamento do caso na Justiça. De acordo com ele, “a maioria dessas pessoas não tem a ver com moradia de São Bernardo”. “Basta ver que durante o dia não fica quase ninguém aí”, acrescenta, olhando pela janela de casa para o mar de barracos que cobre o terreno.
De acordo com um consultor de imóveis da região, o valor do metro quadrado de terreno na região está entre R$ 850 e R$ 1 mil. Já o metro quadrado construído estaria na faixa dos R$ 3,5 mil a R$ 5,5 mil.